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Teologia pelo viés filosófico
"De Rerum Natura"
O homem no limiar da imanência
Cornelio A. Dias 23:08:24 - Revisão do original - 2003.
O estudo sistemático racional da prova, da natureza e do funcionamento ainda desperta nos estudiosos e intelectuais de hoje, como na antiga era do pensamento científico; o fascínio pela curiosidade ou pela necessidade de desafiar o seu próprio hegemonismo, em elaborar uma teoria científica sobre a ordem natural da criação e da criatura; visando descobrir a misteriosa fórmula da composição genética do homem; e quais elementos orgânicos fundiram a matéria do corpo humano, a fim de que explique a sua exata origem; e com isto poder desmistificar a incógnita formação e o funcionamento da complexa sintonia dos órgãos biológicos que geram toda a energia que movimenta o corpo humano.
O que me despertou muito o interesse para escrever este artigo foi o teor principal deste assunto que começou a ser discutido através de complexos estudos filosóficos sobre como se originou a interioridade da alma (psyche) em relação à matéria (somaton); corpo; em um texto cujo título é: Fedro; em grego: Φαῖδρος.
Ele foi escrito por Platão, que foi um diálogo entre o protagonista principal de Platão; Sócrates e Fedro que foi um interlocutor em diversos diálogos; sobre a natureza da Alma no Fedro de Platão; cujo texto possivelmente foi composto por volta de 370 a.e.C.
A teoria das idéias de Platão ela está diretamente ligada a sua teoria sobre a alma.
Na parte IV do seu livro “República”, Platão concebe o homem como corpo e alma. Enquanto o corpo modifica-se e envelhece; a alma é imutável permanece eterna e divina.
A alma inteligente presa ao corpo, um dia ela foi livre e contemplou o mundo das idéias, mas; as esqueceu.
É somente através da busca do conhecimento através de um processo de recordação, de reminiscência, dai então é que o homem pode lembrar-se das idéias que uma vez lhe contemplou.
A realidade sem forma, sem cor, impalpável só pode ser contemplada pela inteligência, que é o guia da alma.
Platão divide a alma em três partes:
O lado racional"?" está localizado na cabeça, o seu objetivo é controlar os dois outros lados e com ele adquirimos a sabedoria e a prudência.
apesar de não saber"?" a noção é certa!
O lado irascível está localizado no coração, e seu objetivo é fazer prevalecer todos os sentimentos e a sua impetuosidade e com ele adquirimos a coragem.
Por último, temos o lado concupiscente que está localizado no baixo-ventre, seu objetivo é satisfazer os desejos e apetites sexuais e com ele adquirimos a moderação ou a temperança.
No Mito do Cocheiro no diálogo “Fedro”, Platão compara a alma a uma carruagem puxada por dois cavalos; um branco que é (irascível) e um negro (concupiscível).
O corpo humano é a carruagem; o cocheiro (razão) é quem conduz através das rédeas (pensamentos) os cavalos (sentimentos).
Cabe ao homem através dos seus pensamentos¹ saber conduzir seus sentimentos, pois; somente assim ele poderá se guiar no caminho do bem e da verdade.¹.
Como eu não pretendo discorrer sobre a corrente filosófica, eu apenas considero que há alguns pontos comuns neste conceito¹ que são defendidos pela teologia.
Por exemplo: a primeira parte como Platão divide a alma e neste trecho do parágrafo acima⇑: [...]
[...]Cabe enfim ao homem através dos seus pensamentos saber como conduzir os seus sentimentos, pois somente assim ele poderá se guiar no caminho do bem e da verdade [.]
A “cabeça” como parte do corpo é onde habita o coração representado espiritualmente onde ele processa todos os pensamentos e sentimentos, mas, que ainda conforme a bíblia o termo coração não existe no dialeto hebraico e nem na edição dos textos bíblicos originais se referindo ao órgão humano biológico como aparelho circulatório.
Portanto: toda referência gira em torno de onde se habita a mente que processa todos os pensamentos e coabita à alma; os sentimentos.
O que corrompe, porém o sentido da alma no dialogo de Fedro é quando Platão compara a alma a uma carruagem puxada por dois cavalos, um branco (irascível) = iracundo que manifesta ou é propenso a manifestar ira, cólera; fúria e um negro (concupiscível) passível de suscitar a concupiscência; [cobiça de bens materiais e o anelo de prazeres sensuais]; ao passo que estes dois cavalos podem ser comparados a mente; porque ela é que maquina o bem; o mal e depois quando desce para o coração é que se concretiza o ato.
Exemplo: a mente trama uma morte, seja deste corpo ou de outro terceiro e quando isto desce para o coração, se concretiza como suicídio ou homicídio.
Não é a alma que contamina a mente [=espírito] e sim o espírito à alma; a mente é o espírito e não uma parte da alma. Ela pode ser santificada ou maculada por ação direta a mente.
Portanto: mente ⇔ espírito e alma ⇔corpo.
Assim sendo: a divisão da alma em cabeça; coração e mente é apenas filosófica; e não descreve o que ela realmente é teologicamente definida, e sobre isto falarei em outro artigo.
A partir de então eu fui explorar um pouco a De rerum natura (Sobre a natureza das coisas) que é um poema didático, dentro do gênero dos periphyseos cultivado por alguns pensadores pré-socráticos gregos, escrito no século I a.e.C. pelo poeta e filosofo Tito Lucrécio Caro [99 a.C. – 55 a.C.]que proclama a realidade do homem num universo sem deuses e tenta libertá-lo do seu temor à morte.
Para Lucrécio, a alma é mortal.✔
Após o decesso [morte], resta um simulacro [o espectro que é o suposto reaparecimento de pessoa morta]; (simulacrum), os fantasmas que assombram os vivos. Deste modo, ele resgata a idéia epicurista de eidolon [uma aparência ou ilusão, sem material de substância].
Ele afirma que o medo da morte criou o mito da imortalidade da alma.
A Teosofia sustenta a tese da alma morredoura, mas; defende que o espírito, princípio que anima a alma, é o Ser que realmente sobrevive à morte, ou seja, ele erra também em concordar com Lucrécio na morte da alma e também de que o espírito que anima a alma sobrevive à morte; sendo que, o espírito não coabita com alma, porque são três distintos: corpo; alma e espírito; e sobre isto também explorarei quando discorrer sobre destino; corpo e alma.
É uma contradita teosófica de caráter sincrético que busca o conhecimento de alguma divindade para alcançar a elevação espiritual.
Estes são os primeiros passos para se questionar o poema: De Rerum Natura "sobre as coisas da natureza" na origem da criação.
A título de informação a "De Rerum Natura" é também uma corrente da teologia natural, e segundo a lógica desta corrente, uma vez que Deus criou o mundo será possível compreender a sua sabedoria estudando a sua criação.
Na "De Rerum Natura" a alma do homem consiste em átomos diminutos que se dissolvem com o húmus quando este morre.
Na teologia a alma é um corpo espiritual imortal que se funde ao corpo orgânico mortal; o que discordo com conhecimento de causa; porque a alma e o corpo são distintos na sua origem e apenas coabitam mutuamente.
Daí surge os seguintes questionamentos
filosóficos:
Deus existe. Iniciou o universo, mas, não lhe
interessa as ações do homem.
Deus existe, não iniciou o universo, mas, lhe
interessa as ações do homem.
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•[do grego "peri" = "sobre", e "physeos" = "(de) a natureza" [a mesma raiz como a física];
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De Rerum Natura: é um poema didático, dentro do gênero dos periphyseos.
cultivado por alguns pré-socráticos gregos; escrito no século I a.C por Tito Lucrécio Caro. O volume dividido em seis livros, proclama a realidade do homem num universo sem deuses e tenta libertá-lo do seu temor à morte.
No pensamento filosófico de Lucrécio:
•[•os deuses não querem provocar-nos dano, a morte é fácil quando a vida se vai•]
[•As pessoas nascem com dois medos inatos: o medo dos deuses e o medo da morte.•]•
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•Quando alguém morre, os átomos da alma e os átomos do corpo continuam a sua essência ⇒dando forma às rochas, lagos ou flores. ⇔poetismo filosófico
Não vou entrar no mérito da lógica do pensamento desta corrente teológica; neste estudo, somente tomei emprestado o titulo "De Rerum Natura"-"sobre as coisas da natureza" e algumas referências para noções básicas; cujas, integrarão o conteúdo do assunto deste tratado que abordarei; mas, observe que esta teologia natural, nada mais é do que uma filosofia mitológica.
Na minha concepção a "De Rerum Natura" não pode ser classificada como teologia natural, ou da natureza, visto que, toda corrente espiritualista fundada sob o dogma da natureza, são seitas naturalistas, e por assim serem, elas veneram a natureza e as múltiplas divindades; porque, ou se venera a ela ou então aos deus mitológicos!
Toda linha de pensamento que não se fundamenta no radical "theós", é simplesmente; filosófica, assim sendo, esta, inspirada pela natureza, "Ordem Natura" das coisas que são contraditórias em si mesma, porque a busca para compreensão da sabedoria de Deus, no mínimo deve se partir do princípio e consenso racional de que um Deus existe, e Ele é um ser uno divino; portanto, é uma teologia sem uma linha fundamental espiritualista e sequer seja natural como defende os adeptos desta linha de pensamento.
Na filosofia? A teologia; do grego antigo: θεολογία, theología; ela definiu se como o estudo crítico da natureza dos deuses e seres divinos e Deus pelos seus atributos relacionados aos seres humanos.
No século seguinte ao do surgimento desta filosofia; nasceu um homem comum como os demais, porém, com muitas características que contrariaram os princípios da teoria de Lucrécio, Ele que era chamado de Cristo, e que superou todas as expectativas inerentes à humanidade de um ser vivente biológico.
▶Ele era imanente e transcendente e sobrepujou a "De Rerum Natura"; nEle estava a força interior e a ulterior, onde, além dessas forças, coabitavam juntas a humanidade e a divindade, num mesmo plano. Era um ser humano sem alma.
Isto é a Pericorese. No final leia este aqui:
Mas; ignorando este evento acima, surgiu o ímpeto por explorar o infinito e definir o indefinido que se aflorou e não parou na sua busca por desvendar os mistérios da ordem natural da criação e da criatura.
Se existe algum princípio capaz de conduzir um pensamento natural para se tentar a partir dele, buscar conhecer a sabedoria de Deus sobre a natureza da criação das naturezas, este é a própria origem do homem, portanto, se ele não conhece a si mesmo, como poderá entender a natureza a partir do conhecimento da sabedoria daquele que criou o fundamento de todo o natural?
O estudo sistemático racional da prova, da natureza e do funcionamento especializou se e criou ramificações nos módulos acadêmicos das ciências exatas, humanas e biomédicas, cujas; têm seus métodos e técnicas próprias nas suas especialidades de pesquisas.
A incognoscível ordem natural da criação, hoje está sobre a égide das duas primitivas e principais linhas de pensamento, a filosofia precursora da ciência e a teologia, esta; a ciência primeira.
A filosofia como já dito começou por ser uma interpretação dessacralizada dos mitos cosmogônicos pelas religiões do tempo, e modernamente, é a disciplina ou a área de estudos que envolvem a investigação, a argumentação, a análise, discussão, formação e reflexão das idéias sobre o mundo, o homem.
A teologia do grego θεóς, transl. theos = "Deus" + λóγος, logos = "palavra", por extensão, "estudo", no sentido literal, é o estudo sobre Deus. Porém partindo do princípio da definição hegeliana do termo ["teologia"], ela é o estudo das manifestações sociais de grupos em relação às divindades.
Como toda área do conhecimento, possui então objetos de estudo definidos.Como não é possível estudar Deus nem direta bem como indiretamente, como sugere o termo literalmente observado, a definição de Hegel, que somente se pode estudar aquilo que se pode observar se torna pertinente e atual, conforme as representações sociais nas mais variadas culturas; foi definida por Aristóteles no século III como o ramo fundamental da filosofia, e também chamada filosofia primeira ou ciência dos primeiros princípios, mais tarde chamada de metafísica por seus seguidores.
O que Hegel e Aristóteles propõem é que através da metafísica que se somente é possível estudar aquilo que se pode observar, portanto, o homem pode ser estudado, e através dele, pode se conhecer alguns princípios da sabedoria de Deus, implícita na sua natureza humana.
À escola filosófica sempre coube questionar a existência das coisas, enquanto que a escola teológica vem sobressaindo se com êxito, embora limitado, em desvendar e explicar os valores questionados pela filosofia quando o assunto envolve a ordem natural da criação, além de elucidar certas questões que a ciência se limita a provar por falta de definição das causas.
A ciência por ser racional não pode usar artifícios teológicos ou filosóficos nas suas pesquisas por ser exata; a filosofia observa e questiona a propriedade do objeto e envia para a ciência, ela estuda o objeto com base na teoria e elabora a diagnose, e então quando a ciência conclui a sua pesquisa com êxito e consegue elaborar a diagnose, ela remete esta conclusão para a filosofia que a partir de então cria um novo tratado filosófico.
A teologia não participa deste processo, porém quando a ciência e a filosofia não conseguem atingir o seu objetivo, a teologia se prontifica em analisar o objeto do estudo a partir do ponto de vista filosófico observando o resultado da pesquisa científica até onde foi possível a sua evolução.
A teologia através da metafísica, um dos seus principais métodos de estudo; que se define, a saber: o que vem além da física "meta = depois, além; physis = física"; neste sentido, a metafísica é algo intocável, que só existe no mundo das idéias; parte do principio, que foi o limite atingido pela ciência e a filosofia, e cogita a evidencia de um possível fenômeno; e quando ela se convence de ser realmente um fenômeno, ai vem à questão mais importante, que é saber se o objeto é imanente.
Admitindo a evidencia de que o objeto é imanente, a sua essência é metafísica, ou seja, é dotado de uma força não natural dentro do físico, portanto, sabe se que existe, conhece a sua ação e efeito, mas desconhece a origem desta força; é supra real; então a teologia define como fenômeno.
Todo fenômeno está além do alcance de ser definido pela metodologia da pesquisa científica; o conhecimento empírico.
A natureza humana é imanente, porém todo o complexo humano é transcendente.
Isto faz com que a teologia seja milenar e sobressai frente às outras ramificações da ciência, atravessando gerações; ela é um exemplo típico de imanência; ela é do mundo, está no mundo, mas tem uma força interior motora que não é gerado por ela, portanto ela também tem a fagulha da transcendência.
Todos os fatores catastróficos que alteram a ordem natural da criação; são imanentes, não podem ser evitados pelo homem; o próprio homem é imanente.
Cristo também foi imanente enquanto natureza física e mesmo despido da sua divindade também era transcendente, porém plenamente humano mesmo sem ter sido gerado pela ordem natural da reprodução humana.
Tudo o que é real é científico e o que é supra real é metafísico, a ciência e a teologia, a primeira é atéia por definição e origem, enquanto que a segunda por ser naturalmente teísta precisa crer na existência de Deus para se estabelecer como ciência.
A ciência para se superar e tornar se única, necessita dominar soberana sem interação com a teologia e a filosofia; mas, para isto acontecer ela precisa elaborar a teoria sobre a ordem natural da criação e da criatura; aplicando a lógica nesta concepção; mas, um entrave lhe impede o Cosmos; ele é imanente e transcendente; a essência do seu criador está na dinâmica dele; e para ele se tornar um objeto de estudo é necessário haver esta exclusão, e como não é possível esta separação, a ciência é apenas um objeto limitado de pesquisa.
A ciência não cria nada, ela transforma o que já existe em algo novo, e sabe se que todo o corpo é constituído de uma matéria prima; tanto o animado como o inanimado, e foi possível através de pesquisa, definir a combinação dos elementos que formaram o solo, a água etc; mas, qual é a matéria primária que deu origem ao solo, água e o ar; e de onde ela foi tirada quando ela ainda não existia estas três naturezas distintas?
Esta pergunta estende se a origem e formação do corpo humano.
O que a ciência faria se tivesse à posse e o domínio da matéria prima usada na constituição da ordem natural da criação, e a fórmula para executá-la?
Criaria novos planetas, além de criar e enviar seres humanos para habitá-los?
O homem não seria imanente. Mas o autor da ordem natural da criação conforme a teologia nos afirma, criou a atmosfera, a estratosfera, o globo terrestre e o homem; mas, com uma ressalva; sem fórmula, nem teoria, maquete, replica ou matéria prima; Ele apenas disse; Haja, e tudo se formou.
Depois da existência desta primeira natureza, parte dela foi a matéria primária da origem natural do ser humano.
A teologia volta triunfante ao cenário do conhecimento, das “logias” "estudos", ela e á única que não precisa provar e nem explicar como se deu a origem da ordem natural da criação; ela aceita e confirma que ele foi criado conforme rege o parágrafo anterior; quem o criou, como e para qual propósito, para qual fim, e prova com o domínio da metafísica; que as outras escolas se tornam patéticas e impotentes e as suas teses infundadas.
Há uma definição racional para isto, a de que a ciência e as suas ramificações são limitadas à sabedoria humana, porque ela também é limitada e finita; basta para isto perguntar para um inventor de algo qualquer como ele criou a sua obra prima; ele a descreve e apresenta a sua fórmula fantástica e a matéria prima utilizada no invento.
Por exemplo: pergunta:- Como eu elaborei este estudo?
Resposta:- Experiência adquirida através do aprendizado acadêmico. O estudo sistemático desenvolve a nossa capacidade de pesquisa e aprendizagem e nos propulsiona ao domínio do conhecimento.
O autor ou criador tem autonomia para alterar as características e a fórmula usada para criar, bem como aprimorar o funcionamento e o desempenho do seu invento, e importa dizer que um outro especialista na mesma área deste profissional também é capaz de distinguir, definir e aprimorar a obra anteriormente executada, ele conhece o processo utilizado na sua criação e pode alterá-lo; além de reconstruir o mecanismo que foi utilizado de forma até superar a perfeição do original.
O homem é dotado de uma inteligência, esta que produz o conhecimento; mas, a sabedoria que é o motor propulsor da inteligência e do conhecimento, não pode ser estudada pelo método racional, esta não pode ser descoberta, não está na condição humana saber a sua origem, apenas cabe admitir que ela existe.
É um fenômeno.
Portanto se ela existe com certeza ela foi criada, tem uma origem; ai alguém pergunta:- Qual é a origem da sabedoria? De onde ela provém? Quem é o seu principal articulador?
Ela é imanente, transcendente ou lógica e empírica?
Qual área a neurociência poderia estudar, no cérebro, o lobo frontal?
Se fizerem uma biopsia seria possível extrair alguns fragmentos biológicos destes objetos "inteligência /sabedoria"; do córtex humano?
Se a pesquisa científica é possível ser realizada e o resultado for lógico, ou seja, e o objeto é real, mas quando não é possível, o objeto é supra real, portanto é imanente; e a ciência não tem argumentos para se retratar.
Em 1859 o naturalista Charles Darwin conseguiu convencer a sociedade cientifica britânica e provavelmente pensou ter descoberto o que seria a revolução do mundo da ciência, quando editou a sua famosa obra, o livro "Sobre a Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural ou a Preservação de Raças Favorecidas na Luta pela Vida", após retornar da sua viagem de cinco anos a bordo do brigue HMS Beagle; escritos posteriores trouxeram-lhe reconhecimento como geólogo e fama como escritor.
Suas observações da natureza levaram-no ao estudo da diversificação das espécies e, em 1838, ao desenvolvimento da teoria da Seleção Natural.
Mesmo que a sua teoria fosse lógica, seu conteúdo discutível e o argumento questionável; dado ao êxito da sua pesquisa em apenas cinco anos a bordo de um navio, o que seria suficientemente improvável coletar dados suficientes para atestar uma teoria de extrema complexidade e dimensão, a da origem da ordem natural da criação e da criatura ocorrida a milhões de anos.
Mera utopia! Também é ao tentar definir a idade da terra.
Partindo do principio de que o homem não pode compreender uma das suas principais características propriamente inerentes, a inteligência, como seria capaz compreender ou descobrir a sua origem?
Mais complicado ainda seria: como obter a fórmula e a matéria primária que foi usada no principio, quando se deu a origem da ordem natural da criação e da criatura, para a formação do primeiro ser humano?
Que combinações de elementos foram adicionadas à matéria primária que deu origem ao corpo humano?
A matéria prima "terra", teria um gameta germinativo da vida e uma arvore genealógica com um código genético na sua composição, "DNA"? E os distintos cromossomos masculinos e femininos?
Se de um coração não é possível criar um rim ou vice-versa, mesmo tendo ambos os órgãos com a mesma composição genética, como um mineral poderiam ser transformados ou uma molécula orgânica?
Com os avanços tecnológicos foram possíveis grandes descobertas científicas tais como a arvore genética pela fisiologia, na biogenética a fertilização in vitro, a clonagem de embriões animais; mas, qual enzima, gene ou gameta é o responsável por determinar o progresso ou não do embrião, ou então que seja responsável pela inseminação da semente que gera a vida do zigoto; ou será que o óvulo e o espermatozóide têm domínio próprio para decidirem o inicio da vida a ser gerada no interior deste novo ser?
Como seria possível introduzir a alma na união do óvulo e do espermatozóide para gerar o ser humano?
E como faria para separá los depois quando ele morresse?
Esta questão é o ponto final do estudo sistemático racional da prova, da natureza e do funcionamento, para a ciência.
Com base neste pensamento sou enfático em afirmar que o homem é capaz de alterar a propriedade, conteúdo, proporção e a dimensão dos seus inventos, mas, jamais será capaz de sequer entender com domínio próprio, os processos não definidos pela metafísica e as suas implicações; e partindo deste principio, eu acredito piamente e afirmo que existe uma ciência transcendente e imanente; que limita os domínios da concepção humana e supera todas as expectativas de êxito dos mortais.
A teologia é consciente deste limite, tanto que na sua definição ela assume e afirma que não pode estudar Deus diretamente, ela se limita a estudar as manifestações sociais de grupos em relação às divindades; isto porque somente é possível estudar aquilo se pode que se pode observar.
A teologia pode e dever confirmar as manifestações sim; mas, comprovadamente reveladas, não as descobertas por suas próprias fontes.
Este ser supremo, "Deus", habita numa dimensão extraterrena, numa atmosfera desconhecida; muito além do princípio do nosso entendimento.
Dele surgiu o universo cósmico e o universo metafísico “plano espiritual’, este ultimo é real e a origem de todas as “logias”“.
Este Ser Supremo, Ele cria as leis; as teorias; as formas; o racional.
O irracional; as provas; o funcionamento, Ele domina a "De Rerum Natura". Mas, nada disso impede a busca incessante da filosofia pela compreensão do ser e do saber, bem como da teologia, em querer explicar o que a ciência é incapaz de comprovar.
Mas, porque é tão difícil assim? Simples. A criatura é limitada ao seu criador assim como o invento ao seu autor; vejamos o que aconteceria se os computadores se rebelassem e adquirissem vontade própria e não atendessem mais os comandos do seu programador?
Estabeleceria se um caos sem precedentes, até que todos fossem destruídos; para retomar novamente o domínio; da mesma forma, esta regra se aplica ao homem, se lhe fosse concedido o direito de descobrir a fórmula utilizada na sua própria criação ou na construção do mundo, ele seria capaz de reinventá-lo e construir os seus próprios autômatos!
Quem o criou, correria o risco de perder a sua posição de controle universal e, de predominante se tornaria predominado e submisso as vontades da sua própria criação, mas, o obvio é que não é por uma simples questão de curiosidade, mas, este ímpeto desenfreado pelo descobrimento da "De Rerum Natura" e pelas questões protegidas pelo misterioso código do autor, é notável; é ter o domínio dos universos.
Outra tentativa frustrada por descobrir o desconhecido, chama-se, antropologia, que é o estudo do homem, ou sobre o homem.
Até que nível será que a antropologia conseguiu atingir o seu objetivo? Nenhum. Ela girou em torno dela mesma. Mas; porque isto deu errado?
É publico e notório, o seu objeto de estudo não é produto da sua criação, ou seja, o homem não é o criador dele mesmo!
Portanto: nada do que não foi pensado e projetado pelo homem pode ser objeto do seu próprio estudo.
Conforme este raciocínio, uma possível descoberta futura, sobre, de que forma foi criada a natureza é inviável, a não ser que a ciência descubra o elemento natural que associado a outros elementos químicos e orgânicos, produza uma porção de terra, com a mesma consistência e combinação dos elementos químicos e minerais como ela foi composta na sua origem!
Uma afirmação plausível da natureza do homem é filosófica, e vem de Descartes, quando ele afirmou:
"Cogito ergo sun", o seja, "penso, logo existo".
A afirmação de René não foi muito útil para a ciência, porque ela não é capaz de estudar um elemento que possa provar haver uma origem sem ele ter uma matéria sólida própria.
Nos estudos sobre a natureza da origem do homem; a essência dos elementos na formação desta natureza não é racional; existe, conhece o seu funcionamento e complexidade, mas não existe uma molécula sequer para se produzir uma experiência laboratorial visando criar a fórmula desta grandeza.
A sublimidade desta matéria "homem" supera as expectativas da sua própria origem; a única conclusão mais plausível de se chegar é a de poder distinguir as duas dimensões na sua formação, que se conectam perfeita e mutuamente, a primeira é a dimensão cósmica de natureza física [imanência] e a dimensão transcendental que é metafísica, esta, teologicamente conhecida por "dimensão espiritual".
Porque não podemos definir integralmente a composição do homem?
Porque o componente cósmico não se funde e não se mistura aos componentes metafísicos embora sejam inerentes; apenas se conectam, enquanto que no cósmico temos a matéria e no metafísico a essência.
O corpo pode ser estudo da lógica, mas; uma das forças geradoras deste é imanente, e esta não se funde a física e não é detectada por mecanismo algum de pesquisa que possa ser pensado pelo homem.
Dado o raciocínio anterior se fundirmos ou misturarmos dois ou mais elementos, como por exemplo, uma porção de açúcar e uma de sal é possível obter um terceiro elemento diferente dos mesmos isolados entre si.
Dai a lógica da impossibilidade, porque não há fusão entre matéria e essência. Quando o objeto em estudo é o corpo humano; e isto revela que somos dotados de uma grandeza suprema, o homem é formado pela conexão de duas matérias que coabitam mutuamente entre si sem se fundirem.
São inerentes e distintas.
São dois universos diferentes, interligados; mutuamente dependentes; onde as matérias de cada uma produzem as suas energias próprias geradoras da força de que necessitam para se manterem vivas.
É ainda mais interessante que o combustível que abastece e movimentam estas matérias, tem composições diferentes, e cada um provem das esferas dimensionais das suas próprias existências.
Estas duas matérias têm vidas próprias, são dois seres; dois corpos com dimensões diferentes unidos em um só e cada um na sua dimensão existencial.
Para entender: a dimensão física é um ser, com vida própria e sistema de defesa e imunidade do universo cósmico; o segundo ser, também tem vida própria e sistema de defesa e imunidade distinto da matéria física, e é produzida na esfera dimensional da sua origem, a "transcendental".
Dois seres e vivos; um visível outro não. Estes dois seres relacionam entre si, assim como o cordão umbilical relaciona com o feto a placenta.
Parece complicado, mas, não é impossível, um cordão umbilical manter o ser vivo protegido por uma placenta, e assim acontece quando o ser se torna em um corpo.
A solificação do gameta feminino [óvulo] com o espermatozóide, do "homem"; gera um [ser humano], este gerado ele agora é uma combinação dos dois seres; as substâncias em apenas uma essência.
Assim origina este novo ser, ou seja, a matéria o "cósmico" junta se a essência, a "imanência"; a matéria denomina corpo e a essência espírito e a esta união; "criatura", o homem, adquirindo a qualidade da transcendência.
Nietzsche concluiu com a seguinte frase: "A grandeza do homem consiste em que ele é uma ponte e não um fim; o que nos pode agradar no homem é ele ser transição e queda".
Poderia entrar nesta questão do pensamento Nietzschiniano sob uma ótica teológica, caso ele não fosse publicamente avesso ao cristianismo, mas, a sua concepção é dignamente racional, o homem é uma ponte entre o imanente e o transcendente, a força interior gerada e a força motora da energia geradora; e o fato do homem como "ser transição e queda" é um raciocínio coerente; o homem como "ser", é intermediário entre o criador e a criação e transita "no sentido literal" entre a queda e a ascensão que determina a sua comunhão ou separação eterna com o Seu Criador; estes estados "condições' não é o seu fim, mas sim o inicio do eterno".
O homem foi criado quando Deus uniu o corpo e alma ao espírito que Ele soprou nas suas narinas.
Os termos: corpo e espírito foram mencionados pela primeira vez no livro de Gênesis, quando a teologia começou enunciar a De Rerum Natura "sobre as coisas da natureza", e desde então, partiu da iniciativa da teologia, "termologia platônica do século III a.e.C em expor com precisão e clareza sobre como Deus criou a terra, os seres viventes e o homem para dominar sobre ela; não houve até o presente, algo que provasse o contrário.
A teologia não criou teorias nem formulou dogmas considerados exatas e indiscutíveis; mesmo sendo o texto da biblia todo escrito por homens, não foi invenção ou produto da sua imaginação ou conhecimento; os escritos foram inspirados por Deus; e estas verdades atravessaram milhares de geração, até nesta nossa pós era cientifica.
Assim tudo foi criado do nada, veja o relato bíblico abaixo:
Gênesis: 1: Deus não revelou o que Ele usou para criar os céus e a terra:
▶1. No princípio criou Deus ”Elohim" os céus e a terra.
2. A terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo, mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas.Deus usou o "λüγος", o poder da sua palavra para continuar a criação:
3. Disse Deus: haja luz. E houve luz.
4. Viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas.
5. E Deus chamou à luz dia, e às trevas noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.
6. E disse Deus: haja um firmamento no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.O firmamento também não existia:
7. Fez, pois, Deus o firmamento, e separou as águas que estavam debaixo do firmamento das que estavam por cima do firmamento. E assim foi.
8. Chamou Deus ao firmamento céu. E foi a tarde e a manhã, o dia segundo.Deus ordenou que a água se separasse e surgiu o elemento seco:
9. E disse Deus: Ajuntem-se num só lugar as águas que estão debaixo do céu, e apareça o elemento seco. E assim foi.
10. Chamou Deus ao elemento seco terra, e ao ajuntamento das águas mares. E viu Deus que isso era bom.
11. E disse Deus: Produza a terra relva, ervas que dêem semente, e árvores frutíferas que, segundo as suas espécies, dêem fruto que tenha em si a sua semente, sobre a terra. E assim foi.
12. A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente segundo as suas espécies, e árvores que davam fruto que tinha em si a sua semente, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom.
13. E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro.
14. E disse Deus: haja luminares no firmamento do céu, para fazerem separação entre o dia e a noite; sejam eles para sinais e para estações, e para dias e anos;
15. e sirvam de luminares no firmamento do céu, para alumiar a terra. E assim foi.
16. Deus, pois, fez os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; fez também as estrelas.
17. E Deus os pôs no firmamento do céu para alumiar a terra,
18. para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom.
19. E foi a tarde e a manhã, o dia quarto.
20. E disse Deus: Produzam as águas cardumes de seres viventes; e voem as aves acima da terra no firmamento do céu.
21. Criou, pois, Deus os monstros marinhos, e todos os seres viventes que se arrastavam, os quais as águas produziram abundantemente segundo as suas espécies; e toda ave que voa, segundo a sua espécie. E viu Deus que isso era bom.
22. Então Deus os abençoou, dizendo: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas dos mares; e multipliquem-se as aves sobre a terra.
23. E foi a tarde e a manhã, o dia quinto.
24. E disse Deus: Produza a terra seres viventes segundo as suas espécies: animais domésticos, répteis, e animais selvagens segundo as suas espécies. E assim foi.
25. Deus, pois, fez os animais selvagens segundo as suas espécies, e os animais domésticos segundo as suas espécies, e todos os répteis da terra segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom.Deus revela a sua existência no melhor da sua obra:
26. E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra.
27. Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
28. Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra.
29. Disse-lhes mais: Eis que vos tenho dado todas as ervas que produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há fruto que dê semente; ser-vos-ão para mantimento.
30. E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todo ser vivente que se arrasta sobre a terra, tenho dado todas as ervas verdes como mantimento. E assim foi.
31. E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto.
A criação estava finalmente estabelecida:
*Gênesis 2: 1. Assim foram acabados os céus e a terra, com todo o seu exército
2. Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra que fizera
3. Abençoou Deus o sétimo dia, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que criara e fizera.
4. Eis as origens dos céus e da terra, quando foram criados. No dia em que o Senhor Deus fez a terra e os céus.
5. não havia ainda nenhuma planta do campo na terra, pois nenhuma erva do campo tinha ainda brotado; porque o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra, nem havia homem para lavrar a terra.
6. Um vapor, porém, subia da terra, e regava toda a face da terra. A matéria prima que deu origem ao ser semelhante a Deus:
7. E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, Deus, depois de criar a matéria tornou-a "imanente" e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente."Do pó da terra", Deus criou o homem; note que não foi da terra, mas de resíduos que havia na superfície dela, "o pó"; a tecnologia e a pedagogia no sentido de "Ciência e conjunto de teorias"; não existiam, e o Deus criador não tem comprovação e aceitação científica, nem haverá.
A relação interpessoal entre Deus e o
homem era permitida mas; condicionada:
▶1.*Gênesis 3:17. E ao homem disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei dizendo:Não comerás dela; maldita é a terra por tua causa; em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida.
Ao homem foi lhe dado à inteligência, mas, ele ao cobiçar a sabedoria uma ainda maior, foi então a razão porque ele perdeu a concessão de dialogar e se apresentar pessoalmente diante do seu Criador, sendo banido da Sua presença:
▶1. 22 Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tem tornado como um de nós, conhecendo o bem e o mal. Ora, não suceda que estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente
A sabedoria divina que era ilícita e inconveniente, adquirida pela desobediência do homem quando ele burlou o regulamento ditado pelo seu Criador, embora que parcial: teve um preço alto que lhe custou à liberdade e tornou os seus direitos limitados; e foi ainda lhe acrescentados deveres e obrigações, sofrimento e aflição, e lhe causou a formação de um abismo infinito de separação entre o Transcendente e a sua criatura imanente.
O homem julgando se auto-suficiente começa a rebelar se contra o seu criador e nas eras seguintes ao termino da perfeita harmonia; a ira de Deus se acende contra o homem, e devido à degeneração pelo pecado, "erros" constantes cometidos pela criatura contra o seu Criador, fizeram com que Deus iniciasse uma sequência de flagelos, e o domínio parcial sobre a criação foi outorgado para o que era antes um querubim que foi destituído da sua glória e expulso do céu, tornando se o maior inimigo de Deus e dos homens; para ele implantar o seu governo provisório de destruição sobre a terra e a humanidade.
Mas, estas criaturas decididamente rebeladas, chamadas de homem, mesmo tendo se tornado irrepreensível e incorrigível, moveu o coração de Deus, que mesmo após tê-las decretado a morte e destino eterno num abismo de fogo e enxofre destinados especificamente para os seres angelicais rebelados sentenciados a perdição eterna; por sua intima compaixão, enviou o seu único Filho para nascer na forma humana; para reconciliar novamente a sua obra e semelhança, em uma nova aliança de harmonia eterna e livre da condenação.
Uma primeira aliança de paz entre o criador e a criatura foi estabelecida; mas, novamente o homem rompe-a, mas, Deus decidido por não destruir toda a obra da sua criação; dá uma nova chance ao homem, e desta vez, ele toma uma atitude radical e para reaver para si o que havia temporariamente se perdido Ele decide criar uma nova e segunda aliança com o homem; enviando Jesus Cristo para selar este novo pacto; dando a Si próprio pela redenção e salvação daqueles que haviam sido sentenciado e condenado à morte.
Veja o relato de Mateus 1:
▶20 E, projetando ele isso, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, pois o que nela se gerou é do Espírito Santo;
21 ela dará à luz um filho, a quem chamarás JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
Este acontecimento é o marco divisório da ira de Deus com a sua íntima benevolência; do tempo da lei com o tempo da graça; do inicio da criação com o fim da criação; da separação com a nova comunhão entre Deus e o homem; da morte para a vida eterna.
Este marco permitiu novamente ao homem obter a inspiração para escrever a segunda parte do Livro, e firmar definitivamente a nova aliança; esta, eterna, cujas profecias da primeira parte, bem como desta segunda, foram seladas e o Livro foi encerrado; este Livro, a bíblia, será aberto no grande tribunal que virá no futuro e determinará o fim de todas as coisas; tanto a criação como a criatura; todos serão julgados individualmente, uns para serem aprovados e outros para a reprovação e desprezo eterno.
Mas a rebeldia do homem não foi totalmente debelada e erradicada, hoje a sua manifestação é individual e não generalizada com nas eras antigas; mas, mesmo com a permissão de Deus para se infringir um flagelo parcial; os resultados algumas vezes produzem uma destruição em massa, como se tem observado nos fenômenos conhecidos com "a revolta da natureza"; quando o flagelo é individual, apenas o rebelado é punido pelas causas da suas atrocidades individuais.
Esta é uma das medidas protocolares da nova e segunda aliança firmada entre Deus e os homens depois do dilúvio, a de que não haveria outra destruição como aquela; até que a noiva de Cristo fosse arrebatada da terra e a esposa de Deus, Israel; também fosse tirada da terra.
A noiva de Cristo, que é formada por pessoas de toda a extremidade da terra, vem sendo preparada por Jesus através do Espírito Santo, esta será tirada antes do advento do anticristo que já está se preparando para o seu prematuro governo; quanto à esposa de Deus, conhecida como a nação de Israel, esta permanecerá por mais algum tempo; pela bíblia definida como o "Milênio".
O "Milênio" conhecido como o reinado pessoal de Cristo na terra, será a ultima fase da existência da criação; nesta era o domínio satânico será destruído; os cristãos arrebatados com Cristo o auxiliará neste governo; e a ultima das profecias da bíblia será cumprida; então virá o julgamento final; de todas as nações as tribos que existiram desde a criação até o ultimo ser homem nascido no governo milenar de Cristo.
Tudo será enfim destruído, toda a obra da criação, e desta vez definitivamente conforme relata o Livro de Apocalipse; e no lugar antes ocupado por esta dimensão cósmica será ocupada por uma nova dimensão; esta totalmente espiritual e eterna.
A Nova Jerusalém.
Ai enfim se dará o fim da saga humana na terra, o fim da criação, deste universo cósmico, o fim do homem no limiar da imanência e da transcendência, o ser criado imanente adotará a essência transcendental do Ser Supremo, ou seja, todos seremos eternos assim como Deus é Sempiterno, desde antes da criação.
Se a de rerum natura edificar a existência da nossa alma e a natureza do nosso espírito ele for desenvolvido conforme nos ensina: Gálatas 5: 16 -17 nos tornaremos semelhantes a Deus; em dois espaços tempos distintos:
1º: como a santa trindade; Pai; Filho e Espírito Santo; como somos formados: corpo; alma e espírito e:
2º: e como uma dualidade indissociavel por nos tornarmos dois seres inseparáveis através do nosso corpo eterno "alma" e do nosso espírito "ser vivo não visível"; como É o Espírito [de Deus e de Cristo] Santo.
Na Santa Trindade o Espírito Santo Ele seria em nós humanos; a nossa alma.
Por isto é nós somos uma triunidade - corpo / alma / espírito; enquanto Eles são; a Trindade; Pai - Filho - Espírito Santo; Amém.
Isto é a eterna "de rerum natura divina in"; a natureza das coisas divinas criadas por Deus!
https://filosofonet.wordpress.com/2011/06/18/a-teoria-da-alma-em-platao/
Edição original: março de 2003
Texto original do trabalho final de Filosofia
Faculdade de Teologia Batista
1ª Revisão do texto original. 2024
Shalom.
Em Yeshua!
Cornelio A.Dias
קרניליוס
"Feito perfeito, é imperfeito; como criação, o meu eu; natureza humana! C. A. Dias.
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