Teoria e Objeto > Ciência e Religião

TEORIA & CIÊNCIA

OBJETO & RELIGIÃO 

Teoricamente conforme a descoberta da ciência, baseados em estudos avançados de cientistas a exemplos de Freud, Yung e uma infinidade de outros especialistas no assunto, o tema “Sonhos” e a sua problemática, origens, efeitos, e relatividade sempre foram discutidos, contrariados, mas sempre seguindo uma linha básica de pensamento, de que os sonhos são de origem biológica com variantes relativos aos efeitos, simbologia e significados.

Dado o fato de o “sonho” estar relacionado diretamente ao “sono”, uma grande descoberta cientifica por Eugene Aserinsky, em 1952, quando fazia um experimento de uma máquina criada por ele, utilizada na experiência quando seu filho dormia, foi descoberta nesta pesquisa, o conhecido R E M (Rapid Eye Movement) – (Movimento rápido dos Olhos), sendo que é deste Sono REM, são onde se propaga o Sonho REM, e que ao interromper o sono da pessoa nesta fase é possível descobrir o conteúdo do sonho.

David Meyers - na Introdução a Psicologia Geral, define o Sono REM, como “alucinações da mente adormecida”, os Sonhos são vívidos, emocionais e bizarros e mais comumente sonhamos com eventos da vida cotidiana, nos primeiros sonhos da noite, ao que Freud chamou de Conteúdo Manifesto.

No Conteúdo Latente, que consiste em impulsos e desejos inconscientes que seriam ameaçadores, se expresso diretamente, não passa de uma versão censurada e simbólica do Conteúdo Manifesto.

Na visão de Freud, um revólver representado no Conteúdo Latente, podia ser uma representação disfarçada na forma Manifesta de um “pênis”.

Outros especialistas insistem que não há nada de oculto nos sonhos, e dizem que um sonho com revolver é um revólver.

A teoria de Freud está dando lugar a teorias mais novas, uma dessas consideram os sonhos como um processamento de informações, em que os sonhos podem ajudar a peneirar, definir e ajustar na memória as experiências do nosso dia.

Teorias analógicas propõem que os sonhos surgem de uma atividade nossa.John A. Stanford – em “Os Sonhos, e a Cura da Alma”, entende que o que ocorre nos nossos Sonhos corresponde aos acontecimentos das nossas vidas.

Na minha opinião de acadêmico, entendo que há uma definição comum entre os críticos e estudiosos sobre o assunto “sonhos”, portanto uns divergem de outros, contrariam-se, mas seguem uma linha básica de pensamento, que os sonhos, são de origem biológica.

Há cientistas e críticos que defendem a tese de que além de uma origem biológica, também a há uma relação com a vida espiritual, para Stanford, os sonhos tem uma relação com a vida espiritual, de que a alma iluminada pelos sonhos e atinge a nobreza para a qual o homem foi criado, ele progride e atinge a fonte do saber, que é o conhecimento de Deus, e cita o que disse o Profeta Smohalla, “a sabedoria chega até nós pelos sonhos”.

Ele afirma que ainda que os sonhos tenham sentido, mas mesmo um sentido que não é lógico, eles são muitos reais, mas a sua realidade não é apreendida por nenhum dos sentidos do nosso corpo, referindo-se a Freud no Conteúdo Manifesto sobre o que o sonho parece ser; e ao Conteúdo Latente que refere ao que o sonho realmente expressa o que é.

Stanford concorda com Yung, quando ele pensava que o homem possuía uma natureza espiritual da mesma forma que possuía, outra natureza biológica; Freud já discorda desta teoria.

Os sonhos seriam as expressões da essência e da realidade viva do homem.

Representariam não apenas as forças interiores do homem, mais estariam também a serviço do seu desenvolvimento mais elevado.Yung rejeitou a teoria de Freud relativa à Conteúdo Manifesto e a outra Conteúdo Latente dos Sonhos.

O Sonho significa exatamente o que ele diz, definiu Yung.Traçando um paralelo sobre os sonhos com a minha concepção da Teoria e Objeto; em objeto, Daniel teve uma relação interpessoal tanto quanto intrapessoal com os sonhos.

A essência da teoria de Yung, a respeito dos sonhos nós encontramos em Dn. 2. 30 Yung contradiz a si próprio ao dizer que os sonhos significam o que eles dizem, visto que Dn. 2. 31 o Rei Nabucodonozor tem um sonho e em Dn. 2. 38; 45 o significado é diferente das figuras visto pelo rei no seu sonho.

O livro de Dn. 1. 17, diz que Deus deu aos três jovens o conhecimento e a inteligência em toda a cultura, e sabedoria e diferenciou Daniel dando lhe a Inteligência de todas as Visões e Sonhos.

O próprio Stanford diverge dos demais, na sua concepção de sonho ao afirmar que a realidade do sonho não é apreendida, por nenhum dos sentidos do corpo quando concorda com Yung na existência de uma natureza espiritual e outra biológica.

Todos os cientistas podem ter comprovado a origem do sonho na sua forma biológica, porém nem todos entendem que os sonhos podem ser também de origem espiritual tratando-se da sua interpretação e significado.

Nos sonhos biológicos, concordo eu, com a teoria dos cientistas, porém eu discordo deles no sentido espiritual, porque um sonho espiritual é um objeto independente da vontade e das circunstâncias que cerca aquele que sonha, porque o homem não tem capacidade para decifrar o que é espiritual sendo material e limitado.

Em Daniel 2. 15 Aríoque contou o sonho do Rei para Daniel, no capítulo 2.19, o sonho de Nabucodonozor foi interpretado após ter sido revelado por Deus através de outro sonho.

No versículo 27, Daniel fala ao rei, que o mistério do sonho tido por ele, não era possível ser entendido ou interpretado pelo conhecimento e sabedoria de nenhum ser humano, e diante disto o rei quis matar todos os sábios e videntes pela incapacidade de desvendar tal mistério.

Aí está a verdadeira definição sobre o sonho, que um pode ser interpretado à luz da ciência e do entendimento, enquanto que outro que é sonhado independente de causas biológicas ou da vontade do homem, não pode se entender através do conhecimento cientifico e o seu entendimento só pode se dar através de revelação divina.

A diferença entre sonho e a visão é a de que o sonho só se dá mediante o sono, e este pode ser de origem biológica ou de caráter espiritual, enquanto que a visão é possível na forma de sonho o se dormindo, ou não; em plena lucidez.

O sonho espiritual nada mais é que a visão, enquanto se dorme; não tem origem biológica e não depende dela.

A teoria cientifica se confunde em suas definições ao tentar padronizar o sonho como ciência exata, sujeita as novas descobertas e aprimoramentos, o que é ser possível, no campo biológico da pesquisa.

Temos por exemplo à visão dos quatros animais e do ancião de dias, em Dn. 7: 1, em que Daniel teve um sonho, e visões diante dos seus olhos quando estava no seu leito enquanto estava acordado; uma visão de panorama profético.

Os sonhos de Daniel não correspondem com as expectativas freudianas, conforme a suas famosas; Teoria do Conteúdo Manifesto ou da Teoria do Conteúdo Latente, mesmo que eles tivessem sido definidos nestas categorias.

Conforme relatos bíblicos, ele também explicava e interpretava os significados dos seus sonhos e visões bem como os dos seus contemporâneos.

O sonho espiritual é produzido diretamente na alma e não possui ou permite a intervenção e interação humana.

A alma é uma essência eterna, cuja finalidade é acompanhar o corpo após a morte.

A ciência não pode através do homem, perscrutá-la, muito menos acessá-la como objeto de pesquisa.

Ao homem foi-lhe imposto limites, que jamais será possível atingir, o que é permitido à ciência é estudar a substância, a essência jamais, isto é possível somente ao Criador.

Conclusão:

O assunto proposto neste “paper” tem a finalidade de apresentar uma introdução à discussão sobre o tema entre: Teoria e Objeto, tendo como Objeto, os sonhos” e a teoria a religião.

Foi elaborado focar a opinião dos autores das bibliografias e confrontando a Teoria e Objeto X Ciência e Religião.

Bibliografia:

Introdução a Psicologia Geral – David Meyers. 

Bíblia Sagrada de Estudos Thompson.

Os sonhos e a cura da alma – Stanford John A; (Yung e Freud).

Faculdade Teológica Batista de São Paulo. 26/05/2006.

 

 

 

          Edição Setembro 2006

          Revisão Junho 2017  

Em Cristo.

Shalom.

Por Cornelio A.Dias  

 

 

"Feito perfeito, é imperfeito; como criação, o meu eu; natureza humana! C. A. Dias.

 

              

 

 

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