"De Rerum Natura" - O homem no limiar da imanência

Teologia pelo viés filosófico

 

O estudo sistemático racional da prova, da natureza e do funcionamento ainda desperta nos estudiosos e intelectuais de hoje, como na antiga era do pensamento científico; o fascínio pela curiosidade ou pela necessidade de desafiar o seu próprio hegemonismo, em elaborar uma teoria científica sobre a ordem natural da criação e da criatura, visando descobrir a misteriosa fórmula da composição genética do homem; e quais elementos orgânicos fundiram a matéria do corpo humano, a fim de que explique a sua exata origem; e com isto desmistificar a incógnita formação e funcionamento da complexa sintonia dos órgãos biológicos que geram a energia que movimenta o corpo humano.

O que me despertou o interesse para escrever este artigo foi o teor principal deste assunto que começou a ser discutido através de complexos estudos filosóficos que se originou sobre a anterioridade da alma (psyche) em relação à matéria (somaton); corpo; em um texto cujo título é: Fedro; em grego: Φαδρος, escrito por Platão, que foi um diálogo entre o protagonista principal de Platão, Sócrates, e Fedro, um interlocutor em diversos diálogos; sobre a Natureza da Alma no Fedro de Platão; cujo texto possivelmente foi composto por volta de 370 a.C.

 A teoria das idéias de Platão está diretamente ligada a sua teoria da alma.   Na parte IV, do seu livro “República”, Platão concebe o homem como corpo e alma. Enquanto o corpo modifica-se e envelhece, a alma é imutável, eterna e divina.

A alma inteligente presa ao corpo um dia foi livre e contemplou o mundo das idéias, mas as esqueceu. É somente através da busca do conhecimento, através de um processo de recordação, de reminiscência, o homem pode lembrar-se das idéias que um dia contemplou.   A realidade sem forma, sem cor, impalpável só pode ser contemplada pela inteligência, que é o guia da alma.

 Platão divide a alma em três partes:

O lado racional está localizado na cabeça, seu objetivo é controlar os dois outros lados, com ele adquirimos a sabedoria e a prudência.

O lado irascível está localizado no coração, seu objetivo é fazer prevalecer os sentimentos e a impetuosidade, com ele adquirimos a coragem.

Por último, temos o lado concupiscente que está localizado no baixo-ventre, seu objetivo é satisfazer os desejos e apetites sexuais, com ele adquirimos a moderação ou a temperança. 

No Mito do Cocheiro, no diálogo “Fedro”, Platão compara a alma a uma carruagem puxada por dois cavalos, um branco (irascível) e um negro (concupiscível). O corpo humano é a carruagem, e o cocheiro (Razão) conduz através das rédeas (pensamentos) os cavalos (sentimentos). Cabe ao homem através de seus pensamentos saber conduzir seus sentimentos, pois somente assim ele poderá se guiar no caminho do bem e da verdade. ¹.

Como não pretendo discorrer sobre a corrente filosófica, apenas considero que há alguns pontos comuns neste conceito filosófico são defendidos pela teologia. Por exemplo: a primeira parte como Platão divide a alma e neste trecho do parágrafo acima: [...] Cabe ao homem através de seus pensamentos saber conduzir seus sentimentos, pois somente assim ele poderá se guiar no caminho do bem e da verdade. [...].

A “cabeça” como parte do corpo é onde habita o coração representado espiritualmente onde ele processa todos os pensamentos e sentimentos, mas, que ainda conforme a Bíblia o termo coração não existe no dialeto hebraico na edição dos textos bíblicos originais se referindo ao órgão humano biológico como aparelho circulatório. Portanto toda referencia gira em torno de onde se habita a mente que processa todos os pensamentos e coabita a alma; os sentimentos.

O que corrompe, porém o sentido da alma no dialogo de Fedro é quando Platão compara a alma a uma carruagem puxada por dois cavalos, um branco (irascível) = iracundo que manifesta ou é propenso a manifestar ira, cólera; fúria e um negro (concupiscível) passível de suscitar a concupiscência; [cobiça de bens materiais e o anelo de prazeres sensuais]; ao passo que este dois cavalos podem ser comparados a mente; porque ela é maquina o bem o mal e depois quando vai para o coração é que se concretiza o ato.

Exemplo: a mente trama uma morte, seja deste corpo ou de outro terceiro, quando isto vai para o coração, se concretiza como suicídio ou homicídio. Não é a alma que contamina a mente [corpo] e sim a mente à alma; a mente é parte do corpo e não da alma. Ela pode ser santificada ou macula por ação direta da mente.

Portanto a divisão da alma em cabeça; coração e mente é apenas filosófica; e não descreve o que ela realmente é teologicamente definida, e sobre isto falarei em outro artigo.

A partir de então fui explorar um pouco a De rerum natura (Sobre a natureza das coisas) que é um poema didático, dentro do gênero dos periphyseos cultivado por alguns pré-socráticos gregos, escrito no século I a.C. pelo poeta e filosofo Tito Lucrécio Caro [99 a.C. – 55 a.C.]; que proclama a realidade do homem num universo sem deuses e tenta libertá-lo do seu temor à morte.

Para Lucrécio, a alma é mortal. Após o decesso [morte], resta um simulacro [o espectro que é suposto reaparecimento de pessoa morta]; (simulacrum), os fantasmas que assombram os vivos. Deste modo, ele resgata a idéia epicurista de eidolon [uma aparência ou ilusão, sem material de substância]. Ele afirma que o medo da morte criou o mito da imortalidade da alma. A Teosofia sustenta a tese da alma morredoura, mas defende que o espírito, princípio que anima a alma, é o Ser que realmente sobrevive à morte, ou seja, erra também em concordar com Lucrécio na morte da alma e também erra que o espírito que anima a alma sobrevive à morte, sendo que, o espírito não coabita com alma, porque são três distintos: corpo; alma e espírito; e sobre isto também explorarei quando discorrer sobre destino; corpo e alma.

Estes são os primeiros passos para se questionar o poema De Rerum Natura "sobre as coisas da natureza" na origem da criação.

A título de informação a "De Rerum Natura" é também uma corrente da teologia natural, e segundo a lógica desta corrente, uma vez que Deus criou o mundo será possível compreender a sua sabedoria estudando a sua criação. Na "De Rerum Natura" a alma do homem consiste em átomos diminutos que se dissolvem com o húmus quando este morre.

Na teologia a alma é um corpo espiritual imortal que se funde ao corpo orgânico mortal; o que discordo; porque a alma e o corpo são distintos na sua origem e apenas coabitam mutuamente.

Daí surge os seguintes questionamentos filosóficos:

Deus existe, iniciou o universo, mas, não lhe interessa as ações do homem.

Deus existe, não iniciou o universo, mas, lhe interessa as ações do homem.


• [ do grego "peri" = "sobre", e "physeos" = "(de) a natureza" [a mesma raiz como a física];
 
▶A "De Rerum Natura" é um poema didático, dentro do gênero dos periphyseos cultivado por alguns pré-socráticos gregos, escrito no século I a.C por Tito Lucrécio Caro; o volume dividido em seis livros, proclama a realidade do homem num universo sem deuses e tenta libertá-lo do seu temor à morte.

No pensamento filosófico de Lucrécio: 

 

•No entanto, os deuses não querem provocar-nos dano, a morte é fácil quando a vida se vai.

• As pessoas nascem com dois medos inatos: o medo dos deuses e o medo da morte.

• Quando alguém morre, os átomos da alma e os átomos do corpo continuam a sua essência dando forma às rochas, lagos ou flores..

• [do grego "peri" = "sobre", e "physeos" = "(de) a natureza" [a mesma raiz como a física];

A "De Rerum Natura" é um poema didático, dentro do gênero dos periphyseos cultivado por alguns pré-socráticos gregos, escrito no século I a.C; por Tito Lucrécio Caro; o volume foi dividido em seis livros, proclama a realidade do homem num universo sem deuses e tenta libertá-lo do seu temor à morte.

No pensamento filosófico de Lucrécio:

•No entanto, os deuses não querem provocar-nos dano, a morte é fácil quando a vida se vai.

• As pessoas nascem com dois medos inatos: o medo dos deuses e o medo da morte.

• Quando alguém morre, os átomos da alma e os átomos do corpo continuam a sua essência dando forma às rochas, lagos ou flores.

Não vou entrar no mérito da lógica do pensamento desta corrente teológica; neste estudo, somente tomei emprestado o titulo "De Rerum Natura" "sobre as coisas da natureza" e algumas referências para noções básicas; cujas, integrarão o conteúdo do assunto que abordarei; mas, observe que esta teologia natural, nada mais é do que uma filosofia mitológica.

Na minha concepção a "De Rerum Natura" não pode ser classificada como teologia natural, ou da natureza, visto que, toda corrente espiritualista fundada sob o dogma da natureza, são seitas naturalistas, e por assim serem, elas veneram a natureza e as múltiplas divindades; porque, ou se venera a ela ou os deus mitológicos!

Toda linha de pensamento que não se fundamenta no radical "theós", é simplesmente; filosófica, assim sendo, esta, inspirada pela natureza, "Ordem Natura" das coisas é contraditória em si mesma, porque a busca para compreensão da sabedoria de Deus, no mínimo deve se partir do princípio e consenso racional de que um Deus existe, e Ele é um ser uno divino; portanto, é uma teologia sem uma linha fundamental e sequer seja natural como defende os adeptos desta linha de pensamento.

No século seguinte ao do surgimento desta filosofia; nasceu um homem comum como os demais, porém, com muitas características que contrariaram os princípios da teoria de Lucrécio, Ele que era chamado de Cristo, e que superou todas as expectativas inerentes à humanidade de um ser vivente biológico.

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▶Ele era imanente e transcendente e sobrepujou a "De Rerum Natura"; nEle estava a força interior e a ulterior, onde, além dessas forças, coabitavam juntas a humanidade e a divindade, num mesmo plano. Era um ser humano sem alma. 
Isto é a Pericorese. No final leia este aqui:

Mas ignorando este evento acima, surgiu o ímpeto por explorar o infinito e definir o indefinido que se aflorou e não parou na sua busca por desvendar os mistérios da ordem natural da criação e da criatura.

Se existe algum princípio capaz de conduzir um pensamento natural para se tentar a partir dele, buscar conhecer a sabedoria de Deus sobre a natureza da criação das naturezas, este é a própria origem do homem, portanto, se ele não conhece a si mesmo, como poderá entender a natureza a partir do conhecimento da sabedoria daquele que criou o fundamento de todo o natural?

O estudo sistemático racional da prova, da natureza e do funcionamento especializou se e criou ramificações nos módulos acadêmicos das ciências exatas, humanas e biomédicas, cujas; têm seus métodos e técnicas próprias nas suas especialidades de pesquisas.

A incognoscível ordem natural da criação, hoje está sobre a égide das duas primitivas e principais linhas de pensamento, a filosofia precursora da ciência e a teologia, esta; a ciência primeira.

A filosofia como já dito começou por ser uma interpretação dessacralizada dos mitos cosmogônicos pelas religiões do tempo, e modernamente, é a disciplina ou a área de estudos que envolvem a investigação, a argumentação, a análise, discussão, formação e reflexão das idéias sobre o mundo, o homem.

A teologia do grego θεóς, transl. theos = "Deus" + λóγος, logos = "palavra", por extensão, "estudo", no sentido literal, é o estudo sobre Deus. Porém partindo do princípio da definição hegeliana do termo ["Teologia"], ela é o estudo das manifestações sociais de grupos em relação às divindades. Como toda área do conhecimento, possui então objetos de estudo definidos.

Como não é possível estudar Deus nem direta bem como indiretamente, como sugere o termo literalmente observado, a definição de Hegel, que somente se pode estudar aquilo que se pode observar se torna pertinente e atual, conforme as representações sociais nas mais variadas culturas; foi definida por Aristóteles no século III como o ramo fundamental da filosofia, e também chamada filosofia primeira ou ciência dos primeiros princípios, mais tarde chamada de metafísica por seus seguidores. 

O que Hegel e Aristóteles propõem é que através da metafísica que se somente é possível estudar aquilo que se pode observar, portanto, o homem pode ser estudado, e através dele, pode se conhecer alguns princípios da sabedoria de Deus, implícita na sua natureza humana.

À escola filosófica sempre coube questionar a existência das coisas, enquanto que a escola teológica vem sobressaindo se com êxito, embora limitado, em desvendar e explicar os valores questionados pela filosofia quando o assunto envolve a ordem natural da criação, além de elucidar certas questões que a ciência se limita a provar por falta de definição das causas.

A ciência por ser racional não pode usar artifícios teológicos ou filosóficos nas suas pesquisas por ser exata; a filosofia observa e questiona a propriedade do objeto e envia para a ciência, ela estuda o objeto com base na teoria e elabora a diagnose, e então quando a ciência conclui a sua pesquisa com êxito e consegue elaborar a diagnose, ela remete esta conclusão para a filosofia que a partir de então cria um novo tratado filosófico.

A teologia não participa deste processo, porém quando a ciência e a filosofia não conseguem atingir o seu objetivo, a teologia se prontifica em analisar o objeto do estudo a partir do ponto de vista filosófico observando o resultado da pesquisa científica até onde foi possível a sua evolução.

A teologia através da metafísica, um dos seus principais métodos de estudo; que se define, a saber: o que vem além da física "meta = depois, além; physis = física"; neste sentido, a metafísica é algo intocável, que só existe no mundo das idéias; parte do principio, que foi o limite atingido pela ciência e a filosofia, e cogita a evidencia de um possível fenômeno; e quando ela se convence de ser realmente um fenômeno, ai vem à questão mais importante, que é saber se o objeto é imanente.

Admitindo a evidencia de que o objeto é imanente, a sua essência é metafísica, ou seja, é dotado de uma força não natural dentro do físico, portanto, sabe se que existe, conhece a sua ação e efeito, mas desconhece a origem desta força; é supra real; então a teologia define como fenômeno.

Todo fenômeno está além do alcance de ser definido pela metodologia da pesquisa científica; o conhecimento empírico.

A natureza humana é imanente, porém todo o complexo humano é transcendente. Isto faz com que a teologia seja milenar e sobressai frente às outras ramificações da ciência, atravessando gerações; ela é um exemplo típico de imanência; ela é do mundo, está no mundo, mas tem uma força interior motora que não é gerado por ela, portanto ela também tem a fagulha da transcendência.

Todos os fatores catastróficos que alteram a ordem natural da criação; são imanentes, não podem ser evitados pelo homem; o próprio homem é imanente. Cristo também foi imanente enquanto natureza física e mesmo despido da sua divindade também era transcendente, porém plenamente humano mesmo sem ter sido gerado pela ordem natural da reprodução humana.

Tudo o que é real é científico e o que é supra real é metafísico, a ciência e a teologia, a primeira é atéia por definição e origem, enquanto que a segunda por ser naturalmente teísta precisa crer na existência de Deus para se estabelecer como ciência.

A ciência para se superar e tornar se única, necessita dominar soberana sem interação com a teologia e a filosofia; mas, para isto acontecer ela precisa elaborar a teoria sobre a ordem natural da criação e da criatura; aplicando a lógica nesta concepção; mas, um entrave lhe impede o Cosmos; ele é imanente e transcendente; a essência do seu criador está na dinâmica dele; e para ele se tornar um objeto de estudo é necessário haver esta exclusão, e como não é possível esta separação, a ciência é apenas um objeto limitado de pesquisa.

A ciência não cria nada, ela transforma o que já existe em algo novo, e sabe se que todo o corpo é constituído de uma matéria prima; tanto o animado como o inanimado, e foi possível através de pesquisa, definir a combinação dos elementos que formaram o solo, a água etc; mas, qual é a matéria primária que deu origem ao solo, água e o ar; e de onde ela foi tirada quando ela ainda não existia estas três naturezas distintas? Esta pergunta estende se a origem e formação do corpo humano.

O que a ciência faria se tivesse à posse e o domínio da matéria prima usada na constituição da ordem natural da criação, e a fórmula para executá-la? Criaria novos planetas, além de criar e enviar seres humanos para habitá-los? O homem não seria imanente.

Mas o autor da ordem natural da criação conforme a teologia nos afirma, criou a atmosfera, a estratosfera, o globo terrestre e o homem; mas, com uma ressalva; sem fórmula, nem teoria, maquete, replica ou matéria prima; Ele apenas disse; Haja, e tudo se formou. Depois da existência desta primeira natureza, parte dela foi a matéria primária da origem natural do ser humano.

A teologia volta triunfante ao cenário do conhecimento, das “logias” "estudos", ela e á única que não precisa provar e nem explicar como se deu a origem da ordem natural da criação; ela aceita e confirma que ele foi criado conforme rege o parágrafo anterior; quem o criou, como e para qual propósito, para qual fim, e prova com o domínio da metafísica; que as outras escolas se tornam patéticas e impotentes e as suas teses infundadas.

Há uma definição racional para isto, a de que a ciência e as suas ramificações são limitadas à sabedoria humana, porque ela também é limitada e finita; basta para isto perguntar para um inventor de algo qualquer como ele criou a sua obra prima; ele a descreve e apresenta a sua fórmula fantástica e a matéria prima utilizada no invento.

Por exemplo: pergunta:- Como eu elaborei este estudo?

Resposta:- Experiência adquirida através do aprendizado acadêmico. O estudo sistemático desenvolve a nossa capacidade de pesquisa e aprendizagem e nos propulsiona ao domínio do conhecimento.

O autor ou criador tem autonomia para alterar as características e a fórmula usada para criar, bem como aprimorar o funcionamento e o desempenho do seu invento, e importa dizer que um outro especialista na mesma área deste profissional também é capaz de distinguir, definir e aprimorar a obra anteriormente executada, ele conhece o processo utilizado na sua criação e pode alterá-lo; além de reconstruir o mecanismo que foi utilizado de forma até superar a perfeição do original.

O homem é dotado de uma inteligência, esta que produz o conhecimento; mas, a sabedoria que é o motor propulsor da inteligência e do conhecimento, não pode ser estudada pelo método racional, esta não pode ser descoberta, não está na condição humana saber a sua origem, apenas cabe admitir que ela existe. É um fenômeno.

Portanto se ela existe com certeza ela foi criada, tem uma origem; ai alguém pergunta:- Qual é a origem da sabedoria? De onde ela provém? Quem é o seu principal articulador? Ela é imanente, transcendente ou lógica e empírica?

Qual área a neurociência poderia estudar, no cérebro, o lobo frontal? Se fizer uma biopsia seria possível extrair fragmentos deste objeto "inteligência /sabedoria" no córtex?

Se a pesquisa científica é possível ser realizada e o resultado for lógico, ou seja, e o objeto é real, mas quando não é possível, o objeto é supra real, portanto é imanente; e a ciência não tem argumentos para se retratar.

Em 1859 o naturalista Charles Darwin conseguiu convencer a sociedade cientifica britânica e provavelmente pensou ter descoberto o que seria a revolução do mundo da ciência, quando editou a sua famosa obra, o livro "Sobre a Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural ou a Preservação de Raças Favorecidas na Luta pela Vida", após retornar da sua viagem de cinco anos a bordo do brigue HMS Beagle; escritos posteriores trouxeram-lhe reconhecimento como geólogo e fama como escritor. Suas observações da natureza levaram-no ao estudo da diversificação das espécies e, em 1838, ao desenvolvimento da teoria da Seleção Natural.

Mesmo que a sua teoria fosse lógica, seu conteúdo discutível e o argumento questionável; dado ao êxito da sua pesquisa em apenas cinco anos a bordo de um navio, o que seria suficientemente improvável coletar dados suficientes para atestar uma teoria de extrema complexidade e dimensão, a da origem da ordem natural da criação e da criatura ocorrida a milhões de anos. Mera utopia! Também é ao tentar definir a idade da terra.

Partindo do principio de que o homem não pode compreender uma das suas principais características propriamente inerentes, a inteligência, como seria capaz compreender ou descobrir a sua origem?

Mais complicado ainda seria: como obter a fórmula e a matéria primária que foi usada no principio, quando se deu a origem da ordem natural da criação e da criatura, para a formação do primeiro ser humano?

Que combinações de elementos foram adicionadas à matéria primária que deu origem ao corpo humano? A matéria prima "terra", teria um gameta germinativo da vida e uma arvore genealógica com um código genético na sua composição, "DNA"? E os distintos cromossomos masculinos e femininos? Se de um coração não é possível criar um rim ou vice-versa, mesmo tendo ambos os órgãos com a mesma composição genética, como um mineral poderiam ser transformados ou uma molécula orgânica?

Com os avanços tecnológicos foram possíveis grandes descobertas científicas tais como a arvore genética pela fisiologia, na biogenética a fertilização in vitro, a clonagem de embriões animais; mas, qual enzima, gene ou gameta é o responsável por determinar o progresso ou não do embrião, ou então que seja responsável pela inseminação da semente que gera a vida do zigoto; ou será que o óvulo e o espermatozóide têm domínio próprio para decidirem o inicio da vida a ser gerada no interior deste novo ser?

Como seria possível introduzir a alma na união do óvulo e do espermatozóide para gerar o ser humano? E como separa lhos depois quanto ele morrer?

Esta questão é o ponto final do estudo sistemático racional da prova, da natureza e do funcionamento, para a ciência.

Com base neste pensamento sou enfático em afirmar que o homem é capaz de alterar a propriedade, conteúdo, proporção e a dimensão dos seus inventos, mas, jamais será capaz de sequer entender com domínio próprio, os processos não definidos pela metafísica e as suas implicações; e partindo deste principio, eu acredito piamente e afirmo que existe uma ciência transcendente e imanente; que limita os domínios da concepção humana e supera todas as expectativas de êxito dos mortais.

A teologia é consciente deste limite, tanto que na sua definição ela assume e afirma que não pode estudar Deus diretamente, ela se limita a estudar as manifestações sociais de grupos em relação às divindades; isto porque somente é possível estudar aquilo se pode que se pode observar.

A teologia pode e dever confirmar as manifestações sim; mas, comprovadamente reveladas, não as descobertas por suas próprias fontes.  

Este ser supremo, "Deus", habita numa dimensão extraterrena, numa atmosfera desconhecida; muito além do nosso entendimento. Dele surgiu o universo cósmico e o universo metafísico “plano espiritual’, este ultimo é real e a origem de todas as “logias”“.

Este Ser Supremo, Ele cria as leis; as teorias; as formas; o racional. O irracional; as provas; o funcionamento, Ele domina a "De Rerum Natura". Mas, nada disso impede a busca incessante da filosofia pela compreensão do ser e do saber, bem como da teologia, em querer explicar o que a ciência é incapaz de comprovar.

Mas, porque é tão difícil Assim? Simples. A criatura é limitada ao seu criador assim como o invento ao seu autor; vejamos o que aconteceria se os computadores se rebelassem e adquirissem vontade própria e não atendessem mais os comandos do seu programador?

Estabeleceria se um caos sem precedentes, até que todos fossem destruídos; para retomar novamente o domínio; da mesma forma, esta regra se aplica ao homem, se lhe fosse concedido o direito de descobrir a fórmula utilizada na sua própria criação ou na construção do mundo, ele seria capaz de reinventá-lo e construir os seus próprios autômatos!

Quem o criou, correria o risco de perder a sua posição de controle universal e, de predominante se tornaria predominado e submisso as vontades da sua própria criação, mas, o obvio é que não é por uma simples questão de curiosidade, mas, este ímpeto desenfreado pelo descobrimento da "De Rerum Natura" e pelas questões protegidas pelo misterioso código do autor, é notável; é ter o domínio dos universos.

Outra tentativa frustrada por descobrir o desconhecido, chama-se, antropologia, que é o estudo do homem, ou sobre o homem. Até que nível será que a antropologia conseguiu atingir o seu objetivo? Nenhum. Ela girou em torno dela mesma. Mas porque isto deu errado?

É publico e notório, o seu objeto de estudo não é produto da sua criação, ou seja, o homem não é o criador dele mesmo! Portanto, nada do que não foi pensado e projetado pelo homem pode ser objeto do seu próprio estudo.

Conforme este raciocínio, uma possível descoberta futura, sobre, de que forma foi criada a natureza é inviável, a não ser que a ciência descubra o elemento natural que associado a outros elementos químicos e orgânicos, produza uma porção de terra, com a mesma consistência e combinação dos elementos químicos e minerais como ela foi composta na sua origem!

Uma afirmação plausível da natureza do homem é filosófica, e vem de Descartes, quando ele afirmou: "Cogito ergo sun", o seja, "penso, logo existo".

A afirmação de René não foi muito útil para a ciência, ela não foi muito, além disso. Nos estudos sobre a natureza da origem do homem; a essência dos elementos na formação desta natureza não é racional; existe, conhece o seu funcionamento e complexidade, mas não existe uma molécula sequer para se produzir uma experiência laboratorial visando criar a fórmula desta grandeza.

A sublimidade desta matéria "homem" supera as expectativas da sua própria origem; a única conclusão mais plausível de se chegar é a de poder distinguir as duas dimensões na sua formação, que se conectam perfeita e mutuamente, a primeira é a dimensão cósmica de natureza física [imanência] e a dimensão transcendental que é metafísica, esta, teologicamente conhecida por "dimensão espiritual".

Porque não podemos definir integralmente a composição do homem? Porque o componente cósmico não se funde e não se mistura aos componentes metafísicos embora inerentes, apenas se conectam, no cósmico temos a matéria e no metafísico a essência; o corpo pode ser estudo da lógica, mas uma das forças geradoras deste é imanente, e esta não se funde a física e não é detectada por mecanismo algum de pesquisa que possa ser pensado pelo homem.

Dado o raciocínio anterior se fundirmos ou misturarmos dois ou mais elementos, por exemplo, uma porção de açúcar e uma de sal é possível obter um terceiro elemento diferente dos mesmos isolados entre si.

Dai a lógica da impossibilidade, não há fusão entre a matéria e a essência, quando o objeto em estudo é o corpo humano; e isto revela que somos dotados de uma grandeza suprema, o homem é formado pela conexão de duas matérias que se coabitam mutuamente ente si sem se fundirem. São inerentes e distintas.

São dois universos diferentes, interligados; mutuamente dependentes; onde as matérias de cada uma produzem as suas energias próprias geradoras da força de que necessitam para se manterem vivas.

É ainda mais interessante que o combustível que abastece e movimentam estas matérias, tem composições diferentes, e cada um provem das esferas dimensionais das suas próprias existências.

Estas duas matérias têm vidas próprias, são dois seres; dois corpos com dimensões diferentes unidos em um só e cada um na sua dimensão existencial.

Para entender: a dimensão física é um ser, com vida própria e sistema de defesa e imunidade do universo cósmico; o segundo ser, também tem vida própria e sistema de defesa e imunidade distinto da matéria física, e é produzida na esfera dimensional da sua origem, a "transcendental". Dois seres e vivos; um visível outro não. Estes dois seres relacionam entre si, assim como o cordão umbilical relaciona com o feto a placenta.

Parece complicado, mas, não é, o cordão umbilical mantém o feto vivo que é mantido pela placenta, assim acontece quando o feto se torna em um corpo, fusão dos gametas femininos e masculinos [óvulo e espermatozóide], no "homem"; [ser humano], este, agora é a combinação dos dois seres; a substância e a essência. Assim origina este novo ser, ou seja, a matéria o "cósmico" junta se a essência, a "imanência"; a matéria denomina corpo e a essência espírito e a esta união; "criatura", o homem, adquirindo a qualidade da transcendência.

Nietzsche concluiu com a seguinte frase: "A grandeza do homem consiste em que ele é uma ponte e não um fim; o que nos pode agradar no homem é ele ser transição e queda".

Poderia entrar nesta questão do pensamento Nietzschiniano sob uma ótica teológica, caso ele não fosse publicamente avesso ao cristianismo, mas, a sua concepção é dignamente racional, o homem é uma ponte entre o imanente e o transcendente, a força interior gerada e a força motora da energia geradora; e o fato do homem como "ser transição e queda" é um raciocínio coerente; o homem como "ser", é intermediário entre o criador e a criação e transita "no sentido literal" entre a queda e a ascensão que determina a sua comunhão ou separação eterna com o Seu Criador; estes estados "condições' não é o seu fim, mas sim o inicio do eterno".

O homem foi criado quando Deus uniu o corpo e alma ao espírito que Ele soprou nas suas narinas.

Os termos: corpo e espírito foram mencionados pela primeira vez no livro de Gênesis, quando a teologia começou enunciar a De Rerum Natura "sobre as coisas da natureza", e desde então, partiu da iniciativa da teologia, "termologia platônica do século III a.e.C em expor com precisão e clareza sobre como Deus criou a terra, os seres viventes e o homem para dominar sobre ela; não houve até o presente, algo que provasse o contrário.

A teologia não criou teorias nem formulou dogmas considerados exatas e indiscutíveis; mesmo sendo o texto da Bíblia todo escrito por homens, não foi invenção ou produto da sua imaginação ou conhecimento; os escritos foram inspirados por Deus; e estas verdades atravessaram milhares de geração, até nesta nossa pós era cientifica.

Assim tudo foi criado do nada, veja o relato bíblico abaixo:

Gênesis:  1: Deus não revelou o que Ele usou para criar os céus e a terra: 

1. No princípio criou Deus ”Elohim" os céus e a terra.

2. A terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo, mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas.Deus usou o "λüγος", o poder da sua palavra para continuar a criação:

3. Disse Deus: haja luz. E houve luz.

4. Viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas.

5. E Deus chamou à luz dia, e às trevas noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.

6. E disse Deus: haja um firmamento no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.O firmamento também não existia:

7. Fez, pois, Deus o firmamento, e separou as águas que estavam debaixo do firmamento das que estavam por cima do firmamento. E assim foi.8. Chamou Deus ao firmamento céu. E foi a tarde e a manhã, o dia segundo.Deus ordenou que a água se separasse e surgiu o elemento seco:

9. E disse Deus: Ajuntem-se num só lugar as águas que estão debaixo do céu, e apareça o elemento seco. E assim foi.

10. Chamou Deus ao elemento seco terra, e ao ajuntamento das águas mares. E viu Deus que isso era bom.

11. E disse Deus: Produza a terra relva, ervas que dêem semente, e árvores frutíferas que, segundo as suas espécies, dêem fruto que tenha em si a sua semente, sobre a terra. E assim foi.

12. A terra, pois, produziu relva, ervas que davam semente segundo as suas espécies, e árvores que davam fruto que tinha em si a sua semente, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom.

13. E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro.

14. E disse Deus: haja luminares no firmamento do céu, para fazerem separação entre o dia e a noite; sejam eles para sinais e para estações, e para dias e anos;

15. e sirvam de luminares no firmamento do céu, para alumiar a terra. E assim foi.

16. Deus, pois, fez os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; fez também as estrelas.

17. E Deus os pôs no firmamento do céu para alumiar a terra,

18. para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que isso era bom.

19. E foi a tarde e a manhã, o dia quarto.

20. E disse Deus: Produzam as águas cardumes de seres viventes; e voem as aves acima da terra no firmamento do céu.

21. Criou, pois, Deus os monstros marinhos, e todos os seres viventes que se arrastavam, os quais as águas produziram abundantemente segundo as suas espécies; e toda ave que voa, segundo a sua espécie. E viu Deus que isso era bom.

22. Então Deus os abençoou, dizendo: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas dos mares; e multipliquem-se as aves sobre a terra.

23. E foi a tarde e a manhã, o dia quinto.

24. E disse Deus: Produza a terra seres viventes segundo as suas espécies: animais domésticos, répteis, e animais selvagens segundo as suas espécies. E assim foi.

25. Deus, pois, fez os animais selvagens segundo as suas espécies, e os animais domésticos segundo as suas espécies, e todos os répteis da terra segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom.Deus revela a sua existência no melhor da sua obra:

26. E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; domine ele sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se arrasta sobre a terra.

27. Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.

28. Então Deus os abençoou e lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra.

29. Disse-lhes mais: Eis que vos tenho dado todas as ervas que produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há fruto que dê semente; ser-vos-ão para mantimento.

30. E a todos os animais da terra, a todas as aves do céu e a todo ser vivente que se arrasta sobre a terra, tenho dado todas as ervas verdes como mantimento. E assim foi.

31. E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom. E foi a tarde e a manhã, o dia sexto.

A criação estava finalmente estabelecida:

Gênesis 2: 1.Assim foram acabados os céus e a terra, com todo o seu exército.
2. Ora, havendo Deus completado no dia sétimo a obra que tinha feito, descansou nesse dia de toda a obra que fizera.
3. Abençoou Deus o sétimo dia, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que criara e fizera.
4. Eis as origens dos céus e da terra, quando foram criados. No dia em que o Senhor Deus fez a terra e os céus.
5. não havia ainda nenhuma planta do campo na terra, pois nenhuma erva do campo tinha ainda brotado; porque o Senhor Deus não tinha feito chover sobre a terra, nem havia homem para lavrar a terra.
6. Um vapor, porém, subia da terra, e regava toda a face da terra. A matéria prima que deu origem ao ser semelhante a Deus:
7. E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, Deus, depois de criar a matéria tornou-a "imanente" e soprou-lhe nas narinas o fôlego da vida; e o homem tornou-se alma vivente. "Do pó da terra", Deus criou o homem; note que não foi da terra, mas de resíduos que havia na superfície dela, "o pó"; a tecnologia e a pedagogia no sentido de "Ciência e conjunto de teorias"; não existiam, e o Deus criador não tem comprovação e aceitação científica, nem haverá. .

         

A relação interpessoal entre Deus e o homem era permitida mas condicionada:.

*Gênesis 3:17.E ao homem disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei dizendo:Não comerás dela; maldita é a terra por tua causa; em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida. 

Ao homem foi lhe dado à inteligência, mas, ele ao cobiçar a sabedoria uma ainda maior, foi então a razão porque ele perdeu a concessão de dialogar e se apresentar pessoalmente diante do seu Criador, sendo banido da Sua presença:

22 Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tem tornado como um de nós, conhecendo o bem e o mal. Ora, não suceda que estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente

A sabedoria divina que era ilícita e inconveniente, adquirida pela desobediência do homem quando ele burlou o regulamento ditado pelo seu Criador, embora que parcial: teve um preço alto que lhe custou à liberdade e tornou os seus direitos limitados; e foi ainda lhe acrescentados deveres e obrigações, sofrimento e aflição, e lhe causou a formação de um abismo infinito de separação entre o Transcendente e a sua criatura imanente.

O homem julgando se auto-suficiente começa a rebelar se contra o seu criador e nas eras seguintes ao termino da perfeita harmonia; a ira de Deus se acende contra o homem, e devido à degeneração pelo pecado, "erros" constantes cometidos pela criatura contra o seu Criador, fizeram com que Deus iniciasse uma sequência de flagelos, e o domínio parcial sobre a criação foi outorgado para o que era antes um querubim que foi destituído da sua glória e expulso do céu, tornando se o maior inimigo de Deus e dos homens; para ele implantar o seu governo provisório de destruição sobre a terra e a humanidade.

Mas, estas criaturas decididamente rebeladas, chamadas de homem, mesmo tendo se tornado irrepreensível e incorrigível, moveu o coração de Deus, que mesmo após tê-las decretado a morte e destino eterno num abismo de fogo e enxofre destinados especificamente para os seres angelicais rebelados sentenciados a perdição eterna; por sua intima compaixão, enviou o seu único Filho para nascer na forma humana; para reconciliar novamente a sua obra e semelhança, em uma nova aliança de harmonia eterna e livre da condenação.

Uma primeira aliança de paz entre o criador e a criatura foi estabelecida; mas, novamente o homem rompe-a, mas, Deus decidido por não destruir toda a obra da sua criação; dá uma nova chance ao homem, e desta vez, ele toma uma atitude radical e para reaver para si o que havia temporariamente se perdido Ele decide criar uma nova e segunda aliança com o homem; enviando Jesus Cristo para selar este novo pacto; dando a Si próprio pela redenção e salvação daqueles que haviam sido sentenciado e condenado à morte.

Veja o relato de Mateus  1:

▶20 E, projetando ele isso, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, pois o que nela se gerou é do Espírito Santo;

21 ela dará à luz um filho, a quem chamarás JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados. 

Este acontecimento é o marco divisório da ira de Deus com a sua íntima benevolência; do tempo da lei com o tempo da graça; do inicio da criação com o fim da criação; da separação com a nova comunhão entre Deus e o homem; da morte para a vida eterna.

Este marco permitiu novamente ao homem obter a inspiração para escrever a segunda parte do Livro, e firmar definitivamente a nova aliança; esta, eterna, cujas profecias da primeira parte, bem como desta segunda, foram seladas e o Livro foi encerrado; este Livro, a Bíblia, será aberto no grande tribunal que virá no futuro e determinará o fim de todas as coisas; tanto a criação como a criatura; todos serão julgados individualmente, uns para serem aprovados e outros para a reprovação e desprezo eterno.

Mas a rebeldia do homem não foi totalmente debelada e erradicada, hoje a sua manifestação é individual e não generalizada com nas eras antigas; mas, mesmo com a permissão de Deus para se infringir um flagelo parcial; os resultados algumas vezes produzem uma destruição em massa, como se tem observado nos fenômenos conhecidos com "a revolta da natureza"; quando o flagelo é individual, apenas o rebelado é punido pelas causas da suas atrocidades individuais.

Esta é uma das medidas protocolares da nova e segunda aliança firmada entre Deus e os homens depois do dilúvio, a de que não haveria outra destruição como aquela; até que a noiva de Cristo fosse arrebatada da terra e a esposa de Deus, ISRAEL; também fosse tirada da terra.

A noiva de Cristo, que é formada por pessoas de toda a extremidade da terra, vem sendo preparada por Jesus através do Espírito Santo, esta será tirada antes do advento do anticristo que já está se preparando para o seu prematuro governo; quanto à esposa de Deus, conhecida como a nação de Israel, esta permanecerá por mais algum tempo; pela Bíblia definida como o "Milênio".

O "Milênio" conhecido como o reinado pessoal de Cristo na terra, será a ultima fase da existência da criação; nesta era o domínio satânico será destruído; os cristãos arrebatados com Cristo o auxiliará neste governo; e a ultima das profecias da Bíblia será cumprida; então virá o julgamento final; de todas as nações as tribos que existiram desde a criação até o ultimo ser homem nascido no governo milenar de Cristo.

Tudo será enfim destruído, toda a obra da criação, e desta vez definitivamente conforme relata o Livro de Apocalipse; e no lugar antes ocupado por esta dimensão cósmica será ocupada por uma nova dimensão; esta totalmente espiritual e eterna.

A Nova Jerusalém.

Ai enfim se dará o fim da saga humana na terra, o fim da criação, deste universo cósmico, o fim do homem no limiar da imanência e da transcendência, o ser criado imanente adotará a essência transcendental do Ser Supremo, ou seja, todos seremos eternos assim como Deus é Sempiterno, desde antes da criação.

 

¹recorte do artigo em https://filosofonet.wordpress.com/2011/06/18/a-teoria-da-alma-em-platao/ 

          Edição original: Março de 2003

          Texto original do Trabalho da matéria de Filosofia

          Faculdade de Teologia Batista .  

Em Cristo.

Shalom.

Por Cornelio A.Dias  

 

 

"Feito perfeito, é imperfeito; como criação, o meu eu; natureza humana! C. A. Dias.

 

              

 

 

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