Desenvolvimento sustentável é bobagem sem sentido

domingo, 3 de dezembro de 2017

Desenvolvimento sustentável: uma bobagem sem sentido, disse “pai da hipotese Gaia”

 

Para Lovelock “o desenvolvimento sustentável é bobagem sem sentido”
Lovelock: “desenvolvimento sustentável é bobagem sem sentido”
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
O britânico James Lovelock é uma espécie de patriarca ainda vivo do ambientalismo mais radical.

Ele cunhou a "hipotese Gaia", o mito que atribui à Terra o caráter de um ser vivo. A ideia é antiquíssima, muitos índios sulamericanos lha explicariam melhor, como a superstição da Pachamama andina.

Mas Loveloch a revestiu de roupagens pseudo-científicas e o ambientalismo mundial a acolheu como a última palavra em matéria de profecia. E assim continua sendo.

Esse guru do ambientalismo impactou o mundo reconhecendo corajosamente que tinha errado adotando o catastrofismo climático. E ele repetiu declarações que convém sempre lembrar e q ajudam a por em seu lugar os mitos ambientalistas.

Lovelock não está sozinho nesta evolução de fanáticos do ambientalismo que forçados pela realidade corrigem pelo menos algum ponto de vista.

O patriarca Lovelock disse coisas que desgostaram a seus adeptos e, sobre tudo, a seus patrocinadores político-ideológicos.

Não espanta então que a grande mídia voltasse a silenciar as novas declarações de Lovelock, sobre tudo no Brasil que sedeou a Rio+20. 

A própria Rio+20 prestigiada especialmente pelos governos de esquerda do mundo – com a ausência dos governantes mais prudentes – fingiu não tomar conhecimento.

“Nós nos jogamos pelas energias renováveis  sem nenhum tipo de reflexão”, disse Lovelock.  Foto: energia solar no desero de Neguev, Israel.
“Nós nos jogamos pelas energias renováveis
sem nenhum tipo de reflexão”, disse Lovelock.
Foto: energia solar no desero de Neguev, Israel.
Lovelock foi entrevistado por Leo Hickman, colunista para o meio ambiente do jornal de tendência socialista “The Guardian”, de Londres, no dia 6 de junho 2012. Há cinco anos portanto. Mas os fanáticos ambientalistas não se deram por aludidos.

Hickman publicou a transcrição completa da entrevista no dia 15 em seu “The environment blog, The Guardian, The world’s leading journalist on climate, energy and wildlife”

Para Lovelock “o chamado ‘desenvolvimento sustentável’, é uma bobagem sem sentido”. 

Ele defendeu que é menos absurdo do que esse talismã de que chegou a falar a Rio+20 pensar “no futuro cultivar dentro da cidade os alimentos necessários. É uma via a percorrer muito melhor que o chamado ‘desenvolvimento sustentável’, que é uma bobagem sem sentido”.

Na entrevista, defendeu o “fracking” tecnologia para tirar gás e petróleo fraturando camadas inferiores da terra e gerar a pressão que puxará para fora esses combustíveis de origem fóssil.

Uma blasfêmia horrorosa para os ambientalistas que cultuam Gaia!

Ele defendeu que é um método barato e rápido para se obter energia na quantidade necessária para manter o atual nível de vida.

Para maior ultrajem do fanatismo verde Lovelock reconheceu que a fonte de energia “boa” é a nuclear.

E tentou justificar seu passado dizendo:

Nós nos jogamos pelas energias renováveis sem nenhum tipo de reflexão. 

“E elas se mostraram de modo desesperançador ineficientes e desagradáveis. 

“Eu, pessoalmente, não suporto as eólicas a qualquer preço. 

“As energias tiradas da biomassa, solar, etc, todas elas trazem uma grande promessa, mas não estão disponíveis para amanhã, nem mesmo para daqui a 10 anos”.
“Energias como a eólica não estão disponíveis nem mesmo para daqui a 10 anos”
Lovelock há tempos vem sendo pressionado seus discípulos mais anti-capitalistas que exigem deles posições mais radicais.

“Os ideólogos – explicou – vieram nos dizer de parar de queimar qualquer material com carbono já. Foi como no caso todo dos CFCs. Eu fiquei muito abalado e percebi o problema ao vivo. 

“Eles começaram a me chamar de negacionista porque eu disse que não se poderia parar de fazer CFCs de modo imediato. Ficaríamos sem geladeiras no mundo todo e poderiam acontecer intoxicações alimentares em massa. 

“Eu disse que era necessário dar tempo ao setor industrial para encontrar alternativas seguras. Esse teria sido o modo correto de agir. E o mesmo se pode dizer sobre o clima”.

Falando ainda sobre o serviço meteorológico inglês – o Met Office – explicou:

“Eu mantenho contato com o Centro Hadley. Eles são um dos melhores centros de clima no mundo. Algo para se orgulhar. ... 

Eles estão sob enorme pressão do governo e não estão autorizados a dizer o que realmente pensam”.

Climatólogos ingleses “não estão autorizados a dizer o que realmente pensam”
A nova governança ecológica mundial que quer se instalar a partir da Rio+20 obviamente não gosta de cientistas que falem objetivamente em nome da ciência.

Porque dizem coisas que prejudicam os rumos arbitrários do super governo planetário verde que pretende se instalar sob disfarce de ciência! 

Que verde é esse? Que quer essa super governança? O que é que é a “economia verde” apregoada?

Diante dessas interrogações ficam ainda mais preocupantes as afirmações do guru inglês sobre a “religião verde”.

Carnaval caótico esquerdista e ôco 
distrai as atenções de uma aventura totalitária
A religião verde – disse Lovelock – agora está passando por cima da religião cristã. Isso mostra como os verdes são religiosos”. 

Não é que Lovelock tenha mudado muito suas posições.

É que ele percebe que a agressividade da ofensiva verde está tornando a opinião pública avessa à meta visada pelo ambientalismo. 

Explicou isso reafirmando:

eu acho que as pessoas ainda não notaram que a religião verde usa todo tipo de conceitos próprios das religiões.

“Os verdes acostumam apontar culpados. Mas você não pode ganhar a adesão das pessoas que te rodeiam dizendo que eles são culpados por colocar CO2 no ar”.

Esses religiosos de uma religião sem ciência, sem escrúpulos e sem Deus querem assumir o controle do mundo.

Mas, essa não foi a estrada das aventuras totalitárias que flagelaram a humanidade nos momentos mais negros da História?