Adoração ou Show

 

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Adoração ou Show?

Como deve ser a adoração?

Há apenas uma maneira verdadeira de adoração?

Existem formas impróprias?

Até que ponto a unidade cristã se manifesta na adoração coletiva?

Adoração ou show traz um fórum sobre seis proeminentes estilos de adoração e suas respectivas apresentações, críticas e defesas:

Litúrgica formal

Tradicional com hinos

Contemporânea

Carismática

Combinada

Emergente

A adoração verdadeira é o exercício do espírito humano, que nos coloca diante do mistério e da maravilha de Deus, em cuja presença a resposta mais adequada e salutar é o amor que o venera. 

A adoração crista é a resposta alegre dos cristãos ao amor sagrado e redentor de Deus que conhecemos por intermédio de Jesus cristo.

A adoração, em todas as suas formas é a resposta da criatura ao Eterno. 

Adoração é - estimular a consciência pela santidade de Deus, alimentar a mente com a verdade de Deus, purificar a imaginação por meio da beleza de Deus, abrir o coração ao amor de Deus, dedicar à vontade ao propósito de Deus.

Não existe uma definição ideal de adoração.

Quem procura uniformidade litúrgica no Novo Testamento encontra justamente o contrario.

O objetivo da adoração sofreu mudança dramática: deixou de ser para Deus e passou a visar ao pecador perdido que precisava de salvação. As influencias do reavivamentismo permanecem em muitas das praticas atuais de adoração. 

A adoração em todos os lugares e épocas, nunca foi praticada de uma maneira. Deus é muito profundo e as pessoas diferentes demais entre si para que isso aconteça.

Adoração litúrgica significa adoração prescrita, o culto necessário a determinada ocasião. 

Aquele que esta acima de tudo e que a tudo criou ainda tem um desejo. Ser o meu Deus. Deseja ser o nosso Deus. Deseja relacionar-se com todos nós

Ele deseja a adoração não para satisfazer de alguma maneira, as necessidades de seu santo ego, mas por ela ser uma indicação do relacionamento entre Deus e o povo que ele ama. 

Ha algo mais partindo seu coração (Deus): a adoração superficial e ritualística, as expressões de amor que não expressam amor nenhum, a tradição ensinada por homens, a dissimulação, o culto só com os lábios. 

Jesus deixa bem claro: se a adoração se resumir a cantar canções, a juntar pessoas antes dos avisos ou há preencher o tempo cerca de 20 minutos antes da mensagem, então é melhor poupar-se do incomodo. Se recitamos os credos por simples tradição, é melhor parar com isso. Se buscamos milagres sobrenaturais para nosso simples beneficio e pelo que receberemos, então não entendemos nada. Se não estamos envolvidos de coração com as genuínas expressões de amor a ele, se não ha relacionamento como nosso criador e redentor, então Deus não esta sendo honrado.

Não podemos honrar a Deus se o nosso coração estiver distante dele. O envolvimento do coração na adoração é o despertar dos sentimentos, emoções e afeiçoes do coração. Quando os sentimentos por Deus estão mortos, a adoração também é morta

Acredito que Deus se preocupa é com o coração que não se entrega a ele. Ele não deve estar muito interessado em nossas teorias e técnicas de adoração, exceto como um meio capaz de realmente aproximar nosso coração do dele. A adoração que não seja sincera e verdadeira simplesmente não interessa a ele. 

A paixão por ver nosso coração inteiramente entregue a ele, engajado na tarefa de decretar o fim das canções superficiais, ritualísticas e dissimuladas e trazer as pessoas a um formidável período de relacionamento com o Deus vivo é a essência da novidade trazida pela adoração contemporânea. Esta, em seu melhor aspecto, não surgiu simplesmente do desejo de trocar o órgão pela guitarra, e sim do anseio por substituir a recitação casual e desinteressada de credos e hinos por momentos autênticos de afetuosa e grata interação com aquele que derramou seu sangue por nos. 

Como esquecemos rapidamente o objetivo. Com tantas estratégias, adoramos de forma a fazer crescer nossa igreja, e não porque o Senhor merece toda a nossa adoração: mas fazemos tudo isso porque Deus é merecedor de todo nosso louvor e porque queremos adorá-lo. 

Se aprendermos a adorar com o coração inteiramente entregue, Deus se glorificado e terá liberdade para agir em nosso interior e em nosso meio.

Passei a entender que a adoração, conforme descrita tão vividamente na Escritura destina-se a ser um dialogo que flui do aprofundamento de nossa relação com o Senhor. 

Para o adorador contemporâneo, porem o principal objetivo é  o relacionamento. 

Em essência, a adoração crista é a interação espiritual e verdadeira entre Deus e seu povo: é uma troca. 

Os instrumentos e ate mesmo o estilo da adoração não passam de ferramentas. Não é um fim em si mesmo. 

A finalidade é encontrar com Jesus, sentir sua presença e envolver o coração em expressões verdadeira de amor a ele. 

A adoração é um presente de Deus ao homem. Deus nunca quis que ela fosse ocasião para demonstrarmos nossos conhecimentos de religião, e sim para satisfazer a sede que se tem da presença do Senhor. O método centrado na bíblia revela que a adoração não é um plano arquitetado por Deus para fazer com que o homem alimente o ego divino. A escritura mostra, de forma consistente, o Senhor chamando suas escrituras a adorá-lo em sua presença, para que ele as possa libertar redimir, renovar e restaurar. 

Deus deseja que adoremos em sua presença para que ele possa se mover em nossa vida. 

Uma breve leitura do livro de Salmos pode propiciar uma visão formidável daquilo que Deus fará no coração de seu povo se este se entregar verdadeiramente a adoração. 

Davi e seus pares dizem-nos que quando adoramos, criamos nada menos que um anseio por Deus, uma alegria, uma paixão pela presença de Deus, uma fé maior, um amor pela Palavra, conforto, maior amor pelo Senhor, adoração, exaltação, celebração, ação de graças, louvor, unidade e arrependimento. 

Minha função é conduzir nossa igreja a momento de adoração em que Deus e seu povo possam reunir-se. 

Os integrantes da equipe de louvor cantam no palco com todo entusiasmo, deixando, muitas vezes a congregação de lado. Escolhemos canções desconhecidas das pessoas, cantamos em tons que elas não conseguem alcançar e em ritmos que não conseguem acompanhar e, depois perguntamos por que elas não se envolvem. 

Nossa maior prioridade não é fazer show. Nosso maior propósito é conduzir o povo de Deus a um encontro com ele. Se a congregação estiver o povo de Deus a um encontro com ele. Se a congregação estiver distante disso, então simplesmente voltamos a ser o que éramos no inicio, apenas com personagens diferentes. 

Apresentar no altar de Deus, semana após semana, a melhor oferta que pudermos deve ser a nossa paixão e também nosso chamado. 

A adoração aproxima o coração de Deus de seu povo. Conforme a adoração se eleva, Deus desce para recebê-la. Vivencia o Senhor como imanente. Durante a adoração, é comum que as pessoas sejam convencidas, convertidas, curadas e ate libertadas de espíritos malignos. O poder de Deus é quase sempre manifestado nessa adoração. 

A adoração carismática encontra sua fonte no Pai, mediada pelo Filho e fortalecida e liderada pelo Espírito Santo. 

Ao mesmo tempo, o Espírito sensibiliza a adoração tanto com liberdade quanto com ordem. Os lideres da adoração carismática fazem um planejamento antecipado. Eles também respondem a liderança do Espírito no momento. Isso, em seu melhor aspecto, mantém o frescor da adoração e sua relevância em todas as situações e em cada congregação. 

Tornamo-nos parecidos com aquilo que adoramos. Se adoramos os ídolos de nossa época, tornamo-nos parecidos com eles. Se adoramos os ídolos de nossa época, tornamo-nos parecidos com eles. Se adoramos o Deus trino, tornamo-nos parecidos com ele - e somos incluídos em sua comunidade de amor eterno e sagrado. 

A adoração coletiva, embora deva ser ordeira e organizada, deve também ser livre e espontânea, bem como “guiada pelo Espírito”. 

A estrutura não deve sufocar a vida. 

Nem a melhor das musicas ou o melhor dos arranjos compensa a ausência de Deus. 

Uma tendência de adoração que vem me preocupando cada vez mais é a de sua apresentação como se fosse um show. O louvor é o contrario do orgulho. O orgulho diz “olhem para mim”, enquanto o louvor anseia pelo encontro com Jesus. 

Cada geração tem sua identidade musical, com a tendência de recuperar depois o melhor que o passado tem a ofertar. Isso também ocorre em grande parte da adoração carismática. Simultaneamente, todo reaviva mento gera nova musicas, sendo esse um sinal de sua autenticidade. 

Quando a adoração tem como base o sermão, o coral ou o grupo de louvor, a adoração é feita para as pessoas, mas raramente é feita por elas. 

A questão não é o que a adoração alcança, e sim o que ela representa. Voltando a teologia da adoração, ela representa Deus e sua missão de salvar o mundo. 

Pode haver uma cruz, inúmeras velas acesas, ícones e vitrais brilhantes nas paredes do recinto - todos centrados no púlpito, na mesa do Senhor e talvez, na água do batismo. A  fé é visualizada. 

A adoração que enfatize o estilo esta predestinada ao fracasso. 

Os ministros de musica conhecem musica, mas não possuem o conhecimento das disciplinas necessárias para pensar a adoração de forma cristocentrica.

O mundo emergente talvez esteja fascinado com o sobrenatural e sedento de mistério. 

No campo pratico, realinhamento quer dizer restabelecimento de expressões centradas em Deus e referentes ao Criador. 

Um dos princípios do ministério emergente é que sejamos transformados por meio da atividade de Deus em nós e por meio de nós, não pelo que consideramos precisar e muito menos por ficarmos ruminando uma forma de conseguir um comportamento melhor. 

Lembrar bem é recontextualizar o passado no presente, fundir o melhor de ontem com o melhor de hoje e, durante o processo, gerar algo inteiramente novo. 

A incapacidade da igreja contemporânea de sair da homogeneidade para entrar na diversidade, francamente é seu maior obstáculo ao despertar numa cultura exponencialmente diversificada. 

O Deus eterno veio ao nosso mundo em um momento oportuno, como parte de uma raça, linhagem, cidade e sexo específicos. Jesus não nasceu como protótipo e não ministrou protótipos. Ele veio na forma humana e ministrou a pessoas em toda a sua especificidade: prostitutas, fariseus, leprosos, centuriões, coletores de impostos, velhos e jovens, homens e mulheres, escravos e senhores, ricos e pobres. Como é possível fazer menos isso? Ministrar de acordo com o protótipo é fazê-lo descartando a jornada pessoal, sem qualquer especificidade geográfica, sem assumir a humilde descida ao momento presente, que continua a caracterizar o ministério de Deus para nós. 

Seria abandonar a adoração planejada em cubículos e passar a adoração planejada em comunidade. 

Ate que vejamos face a face, nossa adoração será sempre parcial. Ate que conheçamos plenamente como somos plenamente conhecidos, nossa adoração será sempre incompleta. 

Os lideres da igreja contemporânea devem tomar cuidado: a adoração movida pelo desempenho conduz a mentalidade do trabalho árduo, segundo a qual Deus nos recompensa por ele. Isso significa a morte da adoração em espírito e em verdade. 

A adoração carismática será mais fiel a escritura se desistir de controlar os resultados da adoração, permitindo que o Espírito sopre onde quiser. 

A adoração é tão divina quanto humana. É divina no sentido de que a graça de Deus sustenta a adoração motivando-a e capacitando-a. 

A adoração humana a Deus é profunda demais para ser manifestada em um único método. 

Como filhos da nova aliança, temos de encontrar nossa direção nas palavras de Jesus e dos apóstolos - estranhamente, porem, eles se calam quanto aos detalhes referentes à adoração. 

 

Paul Basden