Algo de podre no reino do Vaticano

Algo de podre no reino do Vaticano

 

“Se o Papa ordena liquidar alguém na defesa da fé, faz-se isso sem fazer perguntas. Ele é a voz de Deus e nós [a Santa Aliança] somos a mão executor”.
Cardeal Paluzzo Paluzzi, chefe da Santa Aliança, século XVII

 

Interesses espúrios por trás da eleição do papa argentino, para desestabilizar governos populares.

 

Tanto que não se pode levar a sério as folclóricas correspondências enviadas desse quarteirão que o Tratado de Latrão patrocinado por Benito Mussolini o transformou num Estado soberano, com o compromisso de apoiar incondicionalmente o fascismo na Itália.

 

A partir de 1929, o ditador derramou dinheiro nas contas eclesiásticas e teve em troca até a dissolução do Partido Popular católico, para forçar o fortalecimento do Partido Fascista.

 

Com ajuda de Mussolini, Vaticano acumulou fortuna
 

Se o Estado do Vaticano foi chancelado por Mussolini em 1929, o tenebroso banco do Vaticano surgiu em 1942, pelas mãos de Pio XXII, em plena guerra, tendo como suporte fundos do regime fascista e uma grande rede internacional que tem propriedades no mundo inteiro, inclusive nos Estados Unidos, um país de maioria protestante, onde, segundo Avro Manhattan, autor do livro The Vatican Billions, é sócio de grandes empresas, desde o Bank Of America, onde teria 51% de suas ações, até grandes multinacionais, riquíssimas instituições educacionais (só nos Estados Unidos, 28 universidades) e numerosos hospitais privados.

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Segundo esse escritor, o Vaticano opera "como forte acionista em todos os maiores bancos mundiais, como o dos Rothschilds, Hambros (Inglaterra), Credit Suisse (Suíça), Chase Manhattan, City Bank, Morgan, Bankers Trust (E. Unidos).

De gigantes industriais do petróleo (Gulf, Shell), de Aço, Motores, Eletricidade (General Motors, General Electric, Bethlem SteeL) da aviação (Boeing, Lockheed, Douglas, Curtis Wright), e de outros grupos gigantes internacionais".

CIA derramou dinheiro no Vaticano

Trecho da obra

De Pio V a João Paulo II, os quarenta papas que governaram, ou melhor, “reinaram” desde a criação da Santa Aliança foram obrigados a lidar com descristianizações e cismas, revoluções e ditaduras, colonizações e expulsões, perseguições e atentados, guerras civis e guerras mundiais, assassinatos e sequestros.

A política dos papas era um objetivo, e a Santa Aliança, apenas uma poderosa ferramenta para concretizá-la.

 

Do século XVI ao XVIII, os inimigos que o papado e a Santa Aliança realmente precisaram enfrentar foram o liberalismo, o constitucionalismo, a democracia, o republicanismo e o socialismo. Nos séculos XIX e XX, esses oponentes se converteram em darwinismo, imperialismo americano, modernismo, racismo, fascismo, comunismo, totalitarismo e revolução sexual.

 

Agora, no século XXI, serão a intromissão dos cientistas nas questões religiosas, a globalização política, a superpopulação, o feminismo e o agnosticismo.

 

Mais do que o pastoreio de um rebanho de 1 bilhão de fiéis, na sua maioria católicos indiferentes às suas igrejas, o que se disputou nos conchavos da Capela Cistina foi o controle de uma fortuna incalculável, que tem no Instituto para Obras da Religião, nome de fachada do Banco do Vaticano, uma engrenagem inexpugnável, tão cobiçada que Bento XVI, já demissionário, fez questão de nomear um amigo alemão para presidi-lo, embora seu cargo tivesse vago desde maio de 2011, quando o todo poderoso cardeal Tarcísio Bertone demitiu Ettore Gotti Tedeschi, homem da Opus Dei e do Banco Santander, no bojo da crise aberta com as revelações dos documentos contrabandeados pelo mordomo Paolo Gabrieli.

É uma grande bobagem falar de correntes teológicas, ideológicas ou políticas. Desde João Paulo II, todos os príncipes católicos foram pinçados com a assessoria do Opus Dei e da CIA, que operam de comum acordo e costuram alianças com ordens tradicionais, como os Jesuítas, que tem o maior número de membros (18 mil) e os Legionários de Cristo, uma seita sem escrúpulos que se tornou poderosa economicamente e começou a declinar com os escândalos sexuais que envolveram seus maiorais.

Não estou exagerando. A CIA ocupou o espaço deixado com o fim do fascismo, como documentou o jornalista Jason Berry, derramando milhões de dólares aos pés de São Pedro. Primeiro, para impedir a vitória do Partido Comunista, que era o mais forte da Itália no pós-guerra. Depois, para minar os países socialistas da Europa e Cuba.

 

Depois de 25 anos investigando as finanças secretas da igreja católica, Berry, um jornalista investigativo de Nova Orleans, foi categórico:

 

"Creio que na realidade é preciso retroagir à Segunda Guerra Mundial quando a CIA começou a transferir grandes somas para o Banco do Vaticano.

 

Em 1948, foi a primeira eleição na qual o Partido Comunista italiano, convertido no mais importante da Europa, buscava o poder.

 

Neste momento houve uma grande campanha nos Estados Unidos, patrocinada pelo governo, da qual participou Frank Sinatra, para financiar seus adversários da democracia cristã.

 

Este foi o começo da história do dinheiro de círculos dos serviços de inteligência estadunidenses para o Vaticano.

 

Uma geração depois, com Roberto Calvi e Marcinkus, o banco havia se convertido em uma via muito lucrativa para a passagem de dinheiro.

 

No final dos anos 80, o banco já funcionava como uma “off shore” para seus clientes privilegiados".

VEJA VÍDEO SOBRE IGREJA E ARMAS



Indústria bélica e CIA na cabeça

A escolha do cardeal Bergoglio agora foi por acordo e dentro de uma expectativa de pontificado curto. Em 2005, ele chegou junto com o alemão Ratzinger numa eleição em que só precisava de maioria simples. Já então era visto pela CIA como aquele que poderia exercer na América Latina o mesmo que João Paulo II fez nos países socialistas.

Mas o alemão já estava muito velho e tinha acumulado dossiês sobre cardeais influentes, por sua passagem na Congregação da Doutrina da Fé, o moderno tribunal da Inquisição, que ganhou apoio tecnológico da CIA.

Bergoglio era o candidato da indústria bélica, na qual rola muito dinheiro da Igreja.

É inacreditável, mas é verdade: talvez poucas pessoas saibam que a fábrica de armas Pietro Beretta Ltda. (a maior indústria de armas no mundo) é controlada pela Holding SpA Beretta e que seu acionista majoritário, depois de Gussalli Ugo Beretta, é o Instituto para Obras de Religião (IOR), o Banco do Vaticano.

Essa aproximação começou com a intermediação da igreja católica argentina no fornecimento dos caríssimos mísseis Exocet para a ditadura militar durante a guerra das Malvinas.

 

Segundo o jornalista e pesquisador peruano Eric Frattini, as armas foram vendidas pela companhia armamentista Bellatrix, com sede no Panamá, da qual o Vaticano tinha 58% das ações. O dinheiro obtido com a venda desses mísseis teria sido usado para financiar o sindicato Solidariedade de Lech Walesa, na Polônia.

Autor do livro "A Santa Aliança, Cinco Séculos de Espionagem do Vaticano", Frattini fez revelações chocantes: "Depois que Ronald Reagan assumiu o poder nos EUA, a organização (Santa Aliança) passou a contar efetivamente com o apoio da CIA, o que a tornou ainda mais atuante.

 

Entre 1979 e 1982, cinco cardeais envolvidos em um inquérito que apontava irregularidades no Banco do Vaticano morreram em decorrência de motivos diversos - essas mortes teriam sido encomendadas para prevenir que esses religiosos acabassem por revelar segredos da Santa Aliança"...

Sobre o autor

Peruano nascido em Lima, em 1963, Eric Frattini é escritor e jornalista. É membro da Associação de imprensa de Madri, da Associação de Correspondentes Estrangeiros de Israel, da Associação de Jornalistas Palestinos nos Territórios Ocupados e da Associação de Jornalistas da Liga Árabe como membro de honra. Viveu em Beirute (Líbano), Nicósia (Chipre) e Jerusalém (Israel).

 

Já publicou dezenas de livros em vários países, como Cuestiones para la paz, entre la sombra de Alá y la estrella de David (1992), Tiburones de la comunicación, grandes líderes de los grupos multimedia (1996), The Guide to the International Organizations (1998), Mafia, S. A. (2002) e Secretos vaticanos (2004).

[Imagem: banco-do-vaticano-acionista-de-armamentos.jpg]

Esses são apenas algumas informações de cocheira para que você se prepare para a grande missão do papa argentino, conforme manchete de O GLOBO deste domingo, dia 17: desestabilizar os governos nacionalistas, como aconteceu na Europa socialista com o carisma do papa polonês.

Não seria delírio acreditar que a inesperada renúncia de Bento XVI, que não aguentou uma viagem a Cuba e ao México devido à sua idade avançada, tenha sido negociada para abrir caminho a um sucessor dez anos mais novo, nascido e criado na região que, graças aos campos venezuelanos do Orinoco, já tem as maiores reservas de petróleo do mundo.


Serviço de Inteligência do Vaticano

Em 1566, o Papa Pio V criou o primeiro serviço de inteligência papal com o objetivo de luta contra o protestantismo representado pela Rainha Isabel I, da Inglaterra.

 

Menos de um ano após a criação da Santa Aliança, quase duzentas mil pessoa sofreram com suas atividades de investigação, tortura e morte, articuladas em conjunto com a Santa Inquisição.

A primeira grande função da Santa Aliança foi o desenvolvimento da aliança com a rainha católica Mary Sturt, da Escócia, e também a realização de ações encobertas para coletar informações que poderiam ser utilizadas contra a Rainha Isabel I, que poderiam conseguir uma intriga para derrubar a mesma e colocar a rainha Stuart no poder, e assim neutralizar de vez o protestantismo inglês.

 

Podemos classificar as ações da Santa Aliança em períodos históricos, as quais se iniciaram com o objetivo de derrubar a Rainha Isabel I, mas com o passar do tempo foram direcionados para a manutenção da fé, a neutralização de pessoas contrarias aos dogmas católicos e, principalmente, o fortalecimento do poder do papa na terra.

Estas ações incluíam atender as necessidades da inquisição e dos dogmas católicos, promover a expansão da Igreja católica, facilitar os contatos internacionais da Santa Sé e apoiar a solução de intrigas entre os diversos Estados que formavam a Europa, além de dirimir entre príncipes e ditadores, realizar associações com terroristas e nazistas, utilizar a igreja como banco e, principalmente, neutralizar o avanço comunista no século XX.

A Santa Aliança esteve por trás de diversas ações de inteligência, no século XX, tinha estreitas relações com o serviço secreto Israelense (MOSSAD), por meio do cardeal Luigi Poggi, que era considerado o espião de João Paulo II.

 

Esta parceria ajudou o MOSSAD a desarticular um atentado contra a primeira ministra Israelense Gola Meir durante visita à Itália. Nestes, diversas sociedades secretas atuaram em conjunto com a igreja e dependiam totalmente da Santa Aliança,como o circulo octognus e a ordem negra. Também realizou diversas operações encobertas com o MOSSAD, CIA, MI5, MI6 e com o SIDE Argentino.

 

Todas as operações com um mesmo objetivo: combater o comunismo, o terrorismo árabe e principalmente, qualquer um que pudesse interferir na doutrina da fé da igreja católica.

Uma das atuações mais polêmicas da Santa Aliança se deu durante a Segunda Guerra Mundial. Foi quando entrou em vigor a chamada Operação Convento, que ajudou na fuga de criminosos de guerra nazistas, entre eles o General da SS Hans Fischbock, o tenente-coronel da SS Adolf Eischman e o médico de Auschwitz Josef Mengele. O padre Karlo Petronovic e o bispo Gregori Rozman, foram bastante ativos nessa época.

Durante o período da guerra fria, os anos finais foram mais intensos para a Santa Aliança, pois a ascensão do novo Papa João Paulo II e sua estratégia de propagar a religião para todos os confins do mundo iam ao encontro das ações da Santa Aliança.

A propagação da fé católica de forma intensa na mídia, as ações para neutralizar o avanço do comunismo, além das medidas para combater o terrorismo internacional, foram situações da qual a Santa Aliança participou intensamente com a "mão secreta do Papa".

 

Hoje, em pleno século XXI, nada pode ser conhecido sobre o serviço de inteligência do Vaticano, ou a Santa Aliança, por uma razão simples: espionagem, poder, política e principalmente, religião não devem se misturar, mas com certeza sempre serão assuntos integrados na história da humanidade.

Conforme disse um dos mais poderosos chefes da Santa Aliança na metade do século XVII, o cardeal Paluzzo Paluzi,"se o Papa ordena liquidar alguém em defesa da fé, se faz sem perguntar. Ele é a voz de Deus, e nós a sua mão executora".

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