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Por Cornelio A.Dias - 31/12/2015 21:34
Síntese sobre a crise política do Brasil em 2015
Introdução:
Este é o meu primeiro artigo tratando exclusivamente de um assunto que não é compatível com a minha formação.
Vou antes esclarecer alguns termos que justificam este meu primeiro “ensaio político”, que em literatura significa: prosa livre que versa sobre tema específico, sem esgotá-lo e menos definitivo que as de um tratado formal, feito em profundidade; porém neste caso [política], cujo, atribuo o sentido de “ensaio político” o seguinte valor: trata-se do ato ou efeito de ensaiar, ou seja, de tecer uma avaliação crítica sobre as propriedades, [política] a qualidade ou a maneira de usar algo como teste ou experimento.
Seguindo este valor, quero definir sobre dois termos importantes que são duas qualificações, cujo primeiro é o termo “pedante” e o segundo o termo “leigo”. Esclarecendo os termos: pedante é qualquer um que se exprime exibindo conhecimentos que não possui, este pratica o pedantismo; isto é, não sabe o que está dizendo, neste meu caso seria, o que está escrevendo; e “leigo” cujo radical do termo foi alterado, porque significa “povo”, mas, hoje ele se aplica em muitas expressões com diversos significados, cujo principal é usado pelo senso crítico para definir qualquer pessoa que não tem qualificação profissional em algum determinado segmento cientifico.
Este é o perfil que me enquadro, se a distorção do termo diz que leigo é quem não tem formação em alguma área cientifica; não sou formado em ciência política e sim teológica.Mesmo assim nada me obsta tecer alguma crítica sobre qualquer doutrina ou disciplina, ou expor meu julgamento sobre qualquer assunto.
Portanto não vou explicar com propriedade critica de político ou filósofo sobre a “crise Brasil”, mas, o que eu entendo sobre esta atual condição da política brasileira em breve analise pelo meu viés político.
1. O fundamento teórico básico sobre uma crise política:
Uma crise política subentende-se que seja um agravante no sistema de governo, cujo efeito reflete em toda a sociedade, visto sobre o termo “crise política”, entende–se que é o estabelecimento de um grave desequilíbrio conjuntural entre a produção e o consumo, acarretando aviltamento dos preços e ou da moeda; a onda de falências e de desemprego por conta de elaboração de leis não convencionais, alteração no regime de governo, influencia da política econômica e financeira do Estado, bem como pela insatisfação e revolta do povo ou por algum setor isolado da sociedade, e etc.
E ao estabelecimento deste estado crítico sociopolítico ou de principio de caos social, a responsabilidade ou o motor causador quase sempre é atribuído aos representantes governamentais quase que em todas as situações, embora nem sempre seja uma questão de ingestão política dos governantes.
2. Dos sistemas e divergências:
O diferencial entre os países se dá pela adoção do sistema de governo e pelo sistema econômico que são os dois principais eixos de governabilidade de uma nação.
No Brasil o sistema de governo é o republicano democrático e o sistema econômico é o capitalismo.
No capitalismo a doutrina de economia que rege ser o sistema econômico é baseado na legitimidade dos bens privados e na irrestrita liberdade de comércio e indústria, com o principal objetivo de adquirir lucro; também definido pela sociologia como o sistema social em que o capital está em mãos de empresas privadas ou indivíduos que contratam mão de obra em troca de salário.
Portanto o Brasil é um país democrata republicano e capitalista.
E por ser capitalista o povo é distinto em duas categorias: o proletariado [classe trabalhadora] e empresariado, este dois grupos são definidos pelo senso comum como: a burguesia e o pobre, o patrão e o empregado, ou a classe alta e a baixa intermediada pela média, esta, que nem é pobre e nem burguês; está um nível baixa e nível abaixo da alta.
A classe alta ou a burguesia no Brasil é uma mescla dos dominantes do sistema financeiro [empresariado] com os que detêm este “status” apenas por desfrutarem de alto poder aquisitivo com o diferencial por ser também assalariado como a classe baixa e maioria da classe média. Na burguesia por “status” inclui muitas personalidades políticas, sociais, artísticas e outras, bem como na classe média. Todos os políticos são assalariados, bem como as personalidades que atuam em outros distintos segmentos, o diferencial se dá pelo valor do patrimônio individual.
A burguesia em si é formada por uma minoria cujo patrimônio influi diretamente no sistema financeiro nacional.
Mesmo diante desta dualidade de classes o obstante para a predominância da democracia no Brasil se dá pelo fato de não haver "a direita" politica no País. Este fator beligerante entre os dos maiores partidos é reflexo da hegemonia socialista na politica brasileira. Este embate é apenas o fluxo ideológico entre a direita da esquerda contra a esquerda da esquerda a fim de se implantar o Socialismo. Este cenário politico atual já teve o seu precedente com o surgimento da revolução francesa.
O que é evidente e não haverá como impedir, será o fim da democracia e o estabelecimento do regime de governo com base na doutrina socialista, e não muito distante o regime de governo será mudado e poderá vir com os nomes disfarçado de Socialismo democrático ou Socialismo Republicano será implantado no Brasil, quer queira quer não o povo brasileiro. O Brasil terá que se alinhar ao padrão da Nova Ordem Mundial.
Não existe democracia socialista, isto porque são duas doutrinas políticas opostas bem como a liberdade de direito e expressão, assim como socialismo e república que não é o mesmo, e seja a ala esquerda esquerdista formada pelo bloco aliado ao PT ou a esquerda direitista pelo PSDB, certo é qualquer que vier assumir o controle do Pais nas eleições de 2018, os dias da democracia brasileira estão contados, porque está na agenda da Internacional Socialista (IS) que é uma organização internacional que busca a divulgação e implementação do Socialismo democrático através da união de partidos políticos social-democratas, socialistas e trabalhistas e todos os Países, onde não aparece explicito a sigla NOM nesta agenda global.
Se o povo brasileiro pensa que pode fazer alguma coisa, que tente hoje. Amanhã todos estarão dominados, e este é um antiquíssimo sonho de consumo da elite maçônica/illuminatti que está para ser estabelecido.
3. A relação entre o Governo, a política e o sistema financeiro:Por ser o Brasil de sistema financeiro capitalista o governo deve administrar dois segmentos distintos da sociedade. O primeiro é o proletariado e segundo o empresariado. O primeiro grupo visa às necessidades e o segundo os interesses. Um a sobrevivência ou outro a subsistência.
Um subsiste pelo outro. O governo tem a incumbência de fazer uma política que atenda as duas alas e as suas demandas.
4. Tipos de crises:
Os dois segmentos da sociedade podem desencadear uma crise política conforme os seus pré- requisitos básicos.Daí surge três tipos de comuns de crises: a política e a financeira, ou a fusão das duas.
A crise financeira atinge as duas alas, bem como na fusão das duas.
5. A crise do Brasil:
Se o Brasil enfrenta uma crise política, esta não atinge diretamente as duas alas da sociedade.Como a crise política poderia atingir toda a sociedade, seria uma mudança de regime governamental?
O regime de governo no Brasil é a democracia, e este rege que todos os cidadãos têm direitos e deveres iguais garantidos pela Constituição. As leis são em favor do todo e não diferenciada conforme as duas classes.
Para o governo afetar os dois segmentos sociais, ele precisaria legislar e governar de modo a afetar todo o povo ou parte dele, portanto, para isto deveria se instalar um sistema de política e um regime financeiro como, por exemplo, foi imposto pelo ex-presidente Collor.
Todos foram prejudicados e o povo instalou uma crise política nacional.O tipo de crise no Brasil é a Crise Política.
O bem comum foi afetado?Quando isto ocorre os poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário tem que intervir em prol do bem comum, da sociedade.
6. A origem da Crise Política no Brasil.
Nenhum especialista em política consegue definir o conceito jurídico desta crise política no Brasil. Não há unanimidade entre a sociedade. Nem eu que sou leigo político.Segundo os protagonistas desta crise, a única solução para o Brasil sair dela, é somente com Impedimento Presidencial e se possível, seguido da impugnação da legenda dos Partidos: PT e PSDB, para que haja uma retomada do crescimento financeiro. 7
. Como e quando iniciou esta crise política no Brasil.
Pelo meu ponto de vista quando houve a campanha política para a reeleição da Presidenta Dilma.
Como? A candidata apresentou um programa de governo exposto em debate políticos pelos seus opositores que também tinham as suas propostas governistas.
Ela foi reeleita. Quem poderia desencadear uma crise? Resposta aqui.
8. O motim da crise:
Se pode com alguém associe se a ele. Na política a filosofia é: se não pode com ele destrua-o.
Um dos partidos que disputaram a eleição sentindo se prejudicado, adotou a segunda filosofia. Não se destitui um governo eleito democraticamente se for por comprovação de crime, no processo eleitoral ou uma grave infração as Leis vigentes do País.
O PSDB principal oponente da situação buscou algum motivo justo no qual pudesse se amparar legalmente para destituir o governo eleito, por alguma contravenção ou ilegalidade política.
Daí a insurreição do Processo de Impedimento. As principais alegações de crime são com base em fraude no sistema de votação, o uso de recurso publico sem estar incluído na verba orçamentária, usando fundos de bancos públicos sem uma previa autorização do congresso.
9. As ações da presidenta que deram origem a crise.
O Governo da Presidenta perseguiu a ideologia política de centro esquerda do partido cuja finalidade é governar em prol da sociedade proletária, exclusivamente para os menos favorecidos. Esta foi uma estratégia usada pelo seu antecessor e praticada no primeiro mandato.
A primeira causa: a proposta governamental da então candidata visava um “Ajuste Fiscal”, sobre o que é, por ser um tanto complexo, vou resumir como uma mudança da política financeira, que beneficiava o setor financeiro. Os eleitores não sabem o que isto é na pratica. Esta proposta foi o diferencial e deu a margem necessária nas urnas para a reeleição.
A segunda principal proposta é investir na classe proletária como já vinha fazendo como, por exemplo, a bolsa família, nossa casa e outras, que agradou este colegiado.
Erros: Houve um corte no ajuste fiscal. Três anos após, ela fez um novo corte nos ajuste fiscal, isto provando descontentamento do setor empresarial. O lucro dos empresários caiu consideravelmente, mas, não chegando a beirar a casa do prejuízo, afetou apenas os lucros. Isto foi feito para cortar os gastos e diminuir o déficit público, o setor empresarial também usa a mesma técnica começando por demitir funcionários para não interferir no lucro.
Após, usou as verbas de bancos públicos para quitar dividas internas, isto é, dívidas contraídas pelo próprio governo, conhecidas com “pedalada fiscal”, por se utilizar verba fora do orçamento sem aprovação do senado.
10. Os afetados diretos pela crise.
O setor empresarial. O povo parcialmente pelo efeito colateral, visto que, a inflação subiu por conta do aumento de preços, diminuindo o poder aquisitivo.
Os efeitos dos cortes no ajuste fiscal não prejudicaram todo o povo. Não houve manifestações de descontentamento que corrobore com esta pratica governamental.
11. O insatisfeito e o oportunista descontente com a crise.
O insatisfeito setor empresarial passou a pressionar o governo por não ter cumprido uma meta importante da campanha eleitoral, e descontente com a crise é o Partido que perdeu a eleição por não apresentar um programa político igual ou superior ao partido rival.
Neste caso o PSDB, apoiou-se nos fatores acima descritos e reuniu o seu colégio eleitoral para promover uma consciência nacional, da necessidade de impedir o governo apresentando alguns argumentos que julgam se suficiente para produzir o Impeachment Presidencial, além de enfraquecer a legenda, para uma possível vitória desta sigla em 2018.
O movimento pró-impeachment não foi aderido nacionalmente. Se uma decisão partir do colégio eleitoral nacional, o impedimento fracassa. A ideia de implantar um ódio político nacional contra o partido da situação também não vingou.
Baseado nas investigações da Operação Lava Jato a acusação do PSDB elaborou uma estratégia de acusação de abuso do poder político e econômico na campanha da dupla de 2014, alegando que a campanha eleitoral da Dilma recebeu recursos oriundos do esquema de desvios e corrupção na Petrobrás; e nesta acusação também envolve o PMDB, partido do qual Temer é presidente.
Após a decisão do STF em estabelecer um rito para o processo de impeachment esta iniciativa motivou o Senador Aécio Neves, presidente do PSDB aliada com o mesmo propósito pela ex-ministra Marina Silva do Rede, a deflagrar publicamente uma campanha para a cassação dos mandatos da Presidenta Dilma e do Vice Temer, afim de se uma nova eleição. Este movimento não tem ganhado muita força nas ruas [manifestantes] porque parte é a favor e outra contrária ao governo.
Este panorama favorece a situação e prejudica a oposição idealizada pelo PSDB, que também vem sofrendo de acusações de corrupção durante as gestões anteriores ao Partido dos Trabalhadores, além de alguns supostos envolvimentos desta magnitude exclusivamente envolvendo o Presidente do PSDB, o Senador Aécio Neves.
Os três poderes do governo não estão convictos da necessidade de haver impedimento presidencial. Os partidos aliados formaram facções para impetrar o Impeachment de qualquer forma, mesmo não havendo base jurídica para tal, exceto o pedido de Impeachment impetrado pelo PSDB e outros.
12. A teoria da síntese:
Em si: A subsistência do governo de esquerda esquerdista pelo Partido dos trabalhadores [PT] no poder eu chamo de Tese, a sua ascensão nacional provoca o aparecimento de um opositor ferrenho desse tipo de governo que é a esquerda direitista socialista do Partido Socialista Do Brasil [PSDB] que chamei de Antítese.
Tese e Antítese naturalmente começariam a batalhar uma contra a outra, pois são sistemas exatamente pseudo-opostos e, portanto, com visões diferentes sobre o mundo; o PT defende a classe menos favorecida enquanto que o PSDB a classe média e a Elite sendo este também ideologicamente socialista como o PT.
Inverti as posições conforme o campo de ação de cada partido visto a Antítese [PSDB] vem batalhando por um algum tempo tentando aniquilar a Tese, [PT], e essa batalha resultou que ambos os lados mudaram para um sistema híbrido de ideologia partidária oposta; o PSDB que age como falsa direita está atuando tempestuosamente com uma esquerda oposicionista, enquanto que PT que é da esquerda ultra radical oposicionista está agindo como uma direita na situação, daí surgiu esta Síntese.
É apenas uma ilustração. O fundamento desta síntese entende-se a partir da reflexão sobre a não existência de partidos de direita e sim de esquerda no Brasil. Como mencionei no inicio que as duas alas da sociedade é um fator determinante no sistema capitalista a sua proeminência se dá pelo fato de que a sociedade brasileira é distinta entre si, mas que não interfere no regime político.
Isto exige que haja duas linhas de política também pseudo distintas, uma que conhecemos por direita e a outra de esquerda com vistas aos ideais políticos que elas defendem concomitantemente. São paralelas.
A falsa direita defende os interesses políticos e sociais da burguesia fazendo as vezes de partido de direita enquanto que a esquerda as necessidades do proletariado como extrema esquerda.
Qualquer partido no governo enfrentará reações oposicionistas pela ala da sociedade contrária aos seus interesses, porém com iguais ideais políticos, em contrapartida os partidos defenderão as suas abstinências pelo poder.
O que favorece a esquerda neste processo representada pela situação que no seu discurso político visa o bem estar e desenvolvimento social e financeiro da classe menos favorecida, esta, cujo colégio eleitoral supera disparado em relação a opositora esquerda direitista. Num eventual processo de Impedimento se decisão for através de um plebiscito [manifestação popular expressa através de voto] dificilmente haverá uma mudança política governamental antes da próxima eleição em 2018.
Desta vez é o PT que enfrenta este tipo de oposição política e social, dito cujo já aplicou este mesmo método várias vezes contra o PSDB, que atualmente revancheia, e o exemplo básico é a medida de ajuste fiscal que a oposição esquerda psdbista está usando como trunfo para defender o seu interesse político-partidário e ou financeiro, visando retornar ao controle do Governo do País.
Esta síntese não é uma defesa ao partido da situação, bem como não visa ofender a oposição, tenho meu conceito crítico sobre a ética e a conduta político-partidária de ambas as legendas partidárias e seus integrantes, porém isto eu não expus no artigo.
Quanto à questão explorada pela imprensa e mídia em geral, a labuta fastiosa do PSDB e dos seus aliados esquerdo direitista é uma tentativa de Golpe de Estado? É uma pergunta ingênua se dirigida para os militantes de ambas as legendas diretamente envolvidas, mas, e para o senso critico não militante?
A minha concepção sobre Democracia é a conforme que rege o Estado Democrático de Direito, se o governo foi escolhido por voto popular na urna, não é direito do mesmo eleitor decidir no caso de haver a necessidade de Impeachment? Se a troca de mandato não proceder desta forma não é um "Golpe" contra a Democracia? Sendo assim a transição de um governo tem legitimidade para governar?
O que dirá o senso comum desinformado e manipulado pelo sistema de informação de massa? Será que o Impeachment é uma solução irremediável ou não há motivo para tal e o governo atual deve ser mantido no poder? Será que haverá uma intervenção militar pela FFAA se não ocorrer o Impedimento ou terá mesmo se houver? O regime democrático e o sistema republicano vão permanecer ou será estabelecido um novo regime e sistema de governo no País?
Todos estes, dentre outros questionamentos se responderão por si só no decorrer deste enigmático ano de 2016.
Revisão Julho 2016
Por Cornelio A.Dias
"Feito perfeito, é imperfeito; como criação, o meu eu; natureza humana! C. A. Dias.
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